A Arquitetura das casas afegãs tradicionais e modernas e o regime fundamentalista: impactos sobre a vida das mulheres
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2446-5240.malala.2023.213897Palavras-chave:
Arquitetura, Igualdade de gênero, Mulheres afegãs, Modernização, TalibãResumo
Essa pesquisa investiga a relação entre as características arquitetônicas das casas tradicionais e modernas no Afeganistão e as restrições impostas à vida das mulheres afegãs, levando em consideração os incidentes recentes. O estudo se baseia em uma combinação de fontes históricas e artigos de notícias relacionados aos assuntos contemporâneos afegãos como suas principais fontes de dados. Além disso, é realizada uma análise comparativa de duas casas - um exemplo de design tradicional e outra representando a arquitetura moderna - na cidade de Herat, Afeganistão. Ao destacar a interação entre as características arquitetônicas e suas implicações para a vida das mulheres, a pesquisa tem como objetivo lançar luz sobre essa relação com o habitar. Os resultados desta pesquisa indicam que as áreas urbanas apresentam uma manifestação mais evidente de modernização em aspectos físicos, comprovada pela prevalência de casas residenciais modernas. No entanto, com o início de novas restrições impostas pelo Talibã após 2021, as casas modernas, caracterizadas por espaços abertos limitados em comparação com as casas tradicionais, geram uma maior vulnerabilidade para as mulheres afegãs. Consequentemente, confinar as mulheres dentro dessas casas modernas têm um impacto deletério em seu bem-estar físico e mental.
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