A Paratextualidade em Nicodemos Sena: Indícios de Criação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i36p120-136Palavras-chave:
Nicodemos Sena, Paratextos, Gerard Genette, Processo de criação.Resumo
A partir das ideias de Gerard Genette, versaremos sobre as margens do texto de Nicodemos Sena, o contexto textual que contorna o romance em si. O objetivo é identificar índices de um possível processo de criação. Genette define paratexto como “aquilo por meio de que um texto se torna livro e se propõe como tal a seus leitores, e de maneira mais geral ao público. Mais do que um limite ou uma fronteira estanque, trata-se aqui de um limiar [...] que oferece a cada um a possibilidade de entrar, ou de retroceder” (p. 9-10). São os elementos que rodeiam a narrativa: a capa, o prefácio, a dedicatória, a epígrafe, a orelha do livro, o título e subtítulos, o nome do autor, o sumário, a apresentação, o glossário. Elementos estes que configuram o texto, de certa forma, direcionam a leitura e podem processar índices de interpretações em relação ao texto em si. Nicodemos Sena, um escritor paraense, escreve na perspectiva da Estética do sujeito, das relações humanas, da poética amazônica. E nos paratextos que rodeiam seu romance A espera do nunca mais – uma saga amazônica, encontramos indícios dessa estética. Através da Crítica Genética e das ideias de Gerard Genette, discutiremos como os paratextos nos indicam vestígios de um processo de criação.
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Referências
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