Criação e violência em Edgardo Cozarinsky
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i39p58-74Palavras-chave:
Argentina, Literatura, Cinema, Crítica LiteráriaResumo
O objetivo deste trabalho é problematizar as relações entre criação e violência em Edgardo Cozarinsky (1939). A proposta consiste em pensar os textos do escritor sob a luz dos principais dispositivos de poder que atravessaram a Argentina durante o século passado, e refletir sobre como esses dispositivos se imprimem em seus textos e em seu processo criativo. Para pensar a violência e o poder em Cozarinsky se faz necessário entender as formas como esses problemas se manifestam. Não se trata apenas de pensá-los como temáticas abordadas pelo escritor durante sua trajetória intelectual (ainda que esse também seja um dos eixos deste trabalho), mas sim entender como seu trabalho criativo se constrói como contestação de uma violência implícita (a violência da disciplina em nome do controle). Desde seus primeiros trabalhos, Cozarinsky busca pensar a arte como inanição da ordem autotélica do poder como violência. Neste trabalho, pretendo demonstrar os bastidores dessa sua concepção de arte e também refletir sobre como ela se configura enquanto estratégia textual.
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