A escritora Hilda Hilst, o editor Massao Ohno, as artes literárias e o fazer-memória nos fluxos digitais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i44p17-29Palavras-chave:
fazer-memória, acervos biobibliográficos, artes literárias, fluxos digitais, Massao Ohno e Hilda HilstResumo
Os acervos biobibliográficos daescritora Hilda Hilst (1930-2004) e do editor independente Massao Ohno (1936-2010) indicam que ambos desenvolveram juntos projetos editoriais e gráficos que revelaram tanto a poética hilstiana quanto a sensibilidade artística do designer. Por outro lado, essa relação frutífera também reverberou a falta de distribuição da obra da escritora no mercado editorial. Este artigo pretende apresentar as práticas mnemônicas transversais compreendidas nos acervos biobibliográficos hilstianos na ambiência virtual. Busca-se problematizar como essas práticas podem corroborar a perenidade da relação entre a escritora e seu editor também nos fluxos digitais. Para tanto, apresentamos as contribuições de pesquisadores das temáticas dos aspectos socioculturais e arquivísticos da memória e da curadoria. Neste estudo de caso, observamos os conteúdos publicados com as hashtags #hildahilst e #massaoohno nas plataformas Instagram e YouTube do Instituto. Esperamos demonstrar como essas práticas podem contribuir com o fazer-memória de Hilda Hilst, de Massao Ohno e das artes literárias nas plataformas digitais.
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