Arquivos literários — a vanguarda ativando os meios de conservação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i48p151-164Palavras-chave:
Modernismo, Arquivo, Instituições de guarda, Modos de conservaçãoResumo
Na esteira das reflexões sobre o centenário da Semana de Arte Moderna, observam-se algumas das principais instituições de guarda de arquivos da literatura brasileira e aponta-se, na iniciativa de sistematizar a conservação de documentos literários, o papel destacado dos líderes do movimento de 1922. Considerando que a noção de patrimônio histórico e artístico tanto quanto a gestão dos bens preservados resultam de ações de modernização material e intelectual das sociedades, traçou-se um percurso pelo IEB-USP, AMLB-FCRB, CEDAE-UNICAMP e AEM-CEL-UFMG[1], cujo momento de abertura correspondeu à recepção de acervos de modernistas, tendo contado com o apoio indispensável dos herdeiros do legado da Semana. Esta visita panorâmica à história da preservação de acervos literários, realizada predominantemente em universidades públicas, tem o propósito de contribuir para a revisão crítica da memória recente como reforço à articulação entre as tarefas de conservar, transformar e inventar.
[1] Essas siglas, indicadoras de instituições de guarda e conservação de arquivos literários, serão referidas, na introdução do artigo, aos nomes, por extenso, das respectivas instituições. Entre as mesmas, apenas o AMLB integra uma fundação do governo federal ligada ao Ministério da Cultura, as demais fazem parte de universidades públicas.
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Referências
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Sites visitados:
Centro de Documentação Alexandre Eulálio: https://cedae.iel.unicamp.br/ (Acesso em 21/10/2022).
Instituto de Estudos Brasileiros: https://www.ieb.usp.br/ (Acesso em 21/10/2022).
Acervo de Escritores Mineiros: http://sites.letras.ufmg.br/aem (Acesso em 21/10/2022).
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