Crise de signo - O símbolo no teatro de Maeterlinck
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v5i10p70-81Palavras-chave:
Maeterlinck, Poética, Signo, Símbolo, TeatroResumo
Tradução de Maria de Jesus Cabral (Universidade de Lisboa - FLUL)
A obra de Maurice Maeterlinck apresenta a característica paradoxal de ser considerada como uma das mais importantes do movimento simbolistas enquanto, ao mesmo tempo, ela participa da invenção de um tipo de símbolo – o símbolo da obra – que se revela crítico do simbolismo em geral. Contrariamente ao símbolo do dicionário, que fundamenta seu valor na universalidade, o símbolo da obra tira seu valor de sua especificidade. Assim, em A Morte de Tintagiles, a porta, objeto simbólico por excelência, perde seu valor universal de passagem entre dois mundos, para ganhar uma função: fazer da linguagem, em seu próprio fraseado, o lugar dramático de uma comunicação impossível.
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