Os Impressionistas e Stéphane Mallarmé
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v5i10p209-221Palavras-chave:
Mallarmé, pintura impressionista, impressionismo literário, poesia e pintura, Édouard Manet, Berthe MorisotResumo
Tradução de Maria de Jesus Cabral & Bruno Anselmi Matangrano
Amigo dos pintores impressionistas, Mallarmé deita sobre sua arte um olhar de uma extrema acuidade, que tende a fazer do impressionismo o indício de uma tripla crise, ao mesmo tempo, metafísica, estética e política: metafísica, porque o tratamento que o impressionismo submete a luz vale como uma conversão desta à imanência; estética, porque as lições que Mallarmé retém dos pintores esclarecem sua própria busca poética, quando ele mesmo trabalha para mudar a língua sobre o motivo; política, enfim, porque o impressionismo aparece como a arte dos tempos democráticos, naquilo que reside seu “valor” no julgamento puramente “especulativo” da multidão, que está em suscitar uma consciência sempre mais elevada de seu próprio gênio simbólico.
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