"Ouça sempre o outro lado"
a pluralidade de fontes na perspectiva dos manuais de redação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2019.155227Palavras-chave:
Fontes Jornalísticas, Pluralidade, Manuais de RedaçãoResumo
No presente trabalho analisamos como os manuais de redação dos jornais brasileiros Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Zero Hora e Estado de Minas abordam o acionamento de fontes jornalísticas e a ideia de pluralidade de versões como forma de garantir isenção e objetividade às narrativas jornalísticas. Considerando a noção de serviço público exigida do jornalismo e o dever de dar conta de todas as perspectivas do fato noticiado, o objetivo é compreender como esse tipo de material normativo orienta os profissionais sobre o tema. Observamos que as orientações trazidas pelos manuais não refletem a complexidade da questão, reduzindo a discussão sobre a necessária pluralidade de fontes e versões a casos controversos e à máxima “ouvir o outro lado”, contribuindo para a perpetuação de rituais estratégicos (TUCHMAN, 2016) não necessariamente eficazes.
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