Tragédias e Mortes no Jornal Nacional: Reflexões Sobre Transformações no Telejornal
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2023.206952Palavras-chave:
Tragédias, Mortes, Telejornalismo, Jornal Nacional, Gênero televisivo como categoria culturalResumo
No telejornalismo brasileiro, muitas mortes provindas de tragédias fazem parte da pauta telejornalística, inclusive do Jornal Nacional. Extensas e detalhadas coberturas são realizadas no jornalismo televisivo quando os eventos envolvem mortes trágicas. Assim, este artigo tem como foco observar as ressignificações do subgênero telejornal, em coberturas de tragédias, levando em consideração que o telejornal é perpassado por transformações culturais e sociais. Para ilustrar, serão avaliadas as coberturas do incêndio do edifício Andorinha, da queda do avião da TAM e do incêndio da boate Kiss, que resultaram em grande número de mortes e geraram intensa comoção do público. O olhar teórico é guiado pela noção de gênero televisivo como categoria cultural (Mittell, 2001). A pesquisa tem caráter exploratório e observacional (Gil, 2008).
Downloads
Referências
Bill, B. G. (2010). Catarse midiática: a tragédia no jornalismo pós-moderno. https://bit.ly/3zkNiTN
Bruno Clube do VHS (2007). JN - Cobertura do Acidente da TAM 3054 - Parte 01/03. [Vídeo]. YouTube. https://bit.ly/3ocwfRd
Carneiro, P. L. (2016). Incêndio no Edifício Andorinha parou o Centro do Rio e deixou 23 mortos. Acervo O Globo. http://glo.bo/3nBF4E4
Debord, G. (1997). A Sociedade do Espetáculo. Contraponto.
Edição de Notícias (2023). INCÊNDIO NA BOATE KISS - Íntegra do Jornal Nacional, Globo (28/01/2013). [Vídeo]. YouTube. https://bit.ly/3Uyl0ij
Emerim, C., & Brasil, A. (2011). Cobertura em Telejornalismo. [Apresentação de trabalho]. XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação INTERCOM, Recife.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas.
Gomes, I. (2007). Questões de método na análise do telejornalismo: premissas, conceitos, operadores de análise. E-Compós, 8, 1-31.
Gomes, I. M. M. (2011) Gênero televisivo como categoria cultural: um lugar no centro do mapa das mediações de Jesús Martín-Barbero. Famecos, 18(1), 111-130.
Gomes, I. M. M., & Vilas Bôas, V. (2015). “Ai, que infortúnio!” Disputas de gênero em um produto da indústria pop. In S. P. de Sá; R. Carreiro; R. Ferraraz (Orgs.). Cultura Pop. (1 ed., v. 1, pp. 109-129). EDUFBA; Compós.
Gutmann, J. F. (2014). Quando ruptura é convenção: o programa Gordo a Go-Go como espaço de experiência do talk show. Contracampo, 31(1), 60-78.
Hall, S. (2016). Cultura e representação. Editora PUC-Rio; Apicuri.
Incêndio da Boate Kiss. (2021) Memória Globo. http://glo.bo/3KVN9fY
Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência. Aleph.
Koury, M. G. P. (2003). Sociologia da emoção: o Brasil urbano sob a ótica do luto. Vozes.
Martins, M. O., & Azevedo, A. C. (2009). A perda da essência trágica na cobertura jornalística da queda do voo AF 447. [Apresentação de trabalho]. XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Curitiba.
Martins, M. (2019). A exploração exacerbada da tragédia no jornalismo televisivo. Escotilha. https://bit.ly/3nqanBx
Martins, M., Negrini, M., & Piccinin, F. (2021). As histórias reais da reportagem: modos de endereçamento e as estratégias do telejornal. Lumina, 15(3), 202-219. https://doi.org/10.34019/1981-4070.2021.v15.21556
Melo, J. M. (2006). Teorias do jornalismo: identidades brasileiras. Paulus.
Mittell, J. (2001). A cultural approach to television genre theory. Cinema Journal, 40(3), 3-24.
Negrini, M. (2019). Diversas temporalidades nos discursos televisivos sobre a morte: aferições sobre a tragédia da Chapecoense no Jornal Nacional. Contemporanea: comunicação e cultura, 17, 229-249.
Negrini, M. (2020). A morte no telejornalismo: as relações de temporalidade e cultura nos discursos do Jornal Nacional. (1. ed., v. 1.). Insular.
Pinto, T. M. (2019). A tragédia no jornalismo: uma análise das escaladas do Jornal Nacional sobre Brumadinho (MG), Suzano (SP) e o incêndio no CT do Flamengo. [Apresentação de trabalho]. XXIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, Vitória.
Ribeiro, R. R. (2015). A morte midiatizada: como as redes sociais atualizam a experiência do fim da vida. Editora da Universidade Federal Fluminense.
Silva, F. M. (2010). A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos. [Tese de Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporânea, Universidade Federal da Bahia]. Repositório institucional da UFBA. https://repositorio.ufba.br/handle/ri/5121
Traquina, N. (2004). Teorias do jornalismo: porque as notícias são como são. Insular.
Traquina, N. (2005). Teorias do jornalismo. A tribo jornalística – uma comunidade interpretativa transnacional. Insular.
TVGenerica (2007). Incêndio no Edifício Andorinhas Jornal Nacional 1986. [Vídeo]. YouTube. https://bit.ly/2Isjidt
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Michele Negrini, Silvana Copetti Dalmaso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
