From genealogy to blood:

the collective body in Sangria, by Luiza Romão

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2019.164400

Keywords:

Marginal literature, Slams, Luiza Romão, Sangria, Contemporaneous poetry, Gender studies

Abstract

Luiza Romão is a highly forceful contemporaneous poet that deconstructs, by means of her verses, entrenched hegemonic speeches, bringing to light gender, race and social class issues, through an intersectional feminist perspective. Inscribed in the marginal literature, the author is a pioneer in the slams movement and has opened doors for other writers to find their own voices in the oral poetry battles. Sangria (2017, Selo do Burro), her second book, retells the Brazilian history through a uterus perspective, as in a menstrual cycle. Twenty-eight poems problematize the place women occupy in society, the patriarchal structures, the misogynous and racist speech, turning the work into an assertive answer to the social and political situation into which the country has been immersed. Sangria is word about to be hurled, a cut that reveals cracks and violences. In this article, we aim to analyze the context in Luiza Romão is inserted, her poems, the book aesthetic conception, and the way literature is converted into a tool to rescue silenced voices and to fight back oppressive practices.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Pilar Lago e Lousa, Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

    Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Doutoranda em Teoria e História Literária do Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas – SP, Brasil. Orientanda da professora Dra. Suzi Frankl Sperber. Atua principalmente na área de Literatura Contemporânea, representação e autorrepresentação na Literatura Contemporânea, Estudos de Gênero e Teoria e Crítica Literária. e-mail: pilarbu@gmail.com.

References

AHMED, Sara. Feminist Futures. In: EAGLETON, Mary. A Concise Companion to Feminist Theory. London: Blackwell, 2003. p. 236-254.

ANZALDÚA, Glória. La consciência de la mestiza/Rumo a uma nova consciência. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, p. 321-339.

BEY, Hakim. TAZ: Zona Autônoma Temporária. São Paulo: Conrad, 2001.

BORDO, Susan R. O corpo e a reprodução da feminilidade: Uma apropriação feminista de Foucault. In: JACAR, Alison e BORDO, Suzan, R. Gênero, corpo e conhecimento. Trad. Britta Lemos de Freitas. Rio de Janeiro: Record e Rosa dos Tempos, 1997, pp. 19-41.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, p. 313-321.

COLLING, Ana Maria. Tempos diferentes, discursos iguais: a construção do corpo feminino na história. Dourados: Ed. UFGD, 2014.

D’ALVA, Roberta. Slam: Voz de levante. Rebento (Unesp), São Paulo, n.10, p. 268-286, 2019. Disponível em: http://www.periodicos.ia.unesp.br/index.php/rebento/article/view/360. Acesso em 11 nov. 2019.

D’ALVA, Roberta. Teatro hip-hop: a performance poética do ator-MC. São Paulo: Perspectiva, 2014.

DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura Brasileira Contemporânea: um território contestado. Vinhedo: Editora Horizonte/Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2012.

ESCALEIRA, Bruna. Sangria: Palavra de corte de Luiza Romão. Crioula (USP), São Paulo, n. 20, p. 503-508, 2017. Disponível em: http://bit.ly/36ZC5Z8. Acesso em 02 out. 2018.

GONZALEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem político-econômica. In: RODRIGUES, Carla; BORGES, Luciana; RAMOS, Tânia Regina Oliveira (Orgs.). Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Funarte, 2016, p. 149-168.

GONZÁLEZ FERNÁNDEZ, Helena. Do silencio hixiénico ao orgullo da mancha. Censura e exceso na cultura menstrual. In: BERMÚDEZ MONTES, Teresa; SANT’ANNA, Mônica Heloane Carvalho de (orgs.). Letras Escarlata: Estudos sobre a representación da menstruación. Berlim: Frank e Timme, 2016, p. 83-103.

GROSZ, Elizabeth. Corpos Reconfigurados. Cadernos Pagu (Unicamp), nº 14(1), p. 45-86, 2000. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8635340. Acesso em 31 ago. 2017.

hooks, bell. 2017. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2017.

LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. ______ (org.). In: O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

MIRANDA, Cláudia de Azevedo. Slams e Saraus: Espaços táticos da periferia na cultura urbana. In: XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2015. Anais... Rio de Janeiro: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, p. 1-15. Disponível em: http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-3635-3.pdf . Acesso em: 01 jul. 2017.

ROMÃO, Luiza. Sangria. São Paulo: Selo do Burro, 2017.

SHOWALTER, Elaine. Anarquia sexual: sexo e cultura do fin de siècle. Trad. Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

SOLNIT, Rebecca. A mãe de todas as perguntas: reflexões sobre os novos feminismos. Trad. de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das letras, 2017.

ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. de Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich São Paulo: Cosac Naify, 2014.

Published

2019-12-27

How to Cite

Lousa, P. L. e. (2019). From genealogy to blood:: the collective body in Sangria, by Luiza Romão. Opiniães, 15, 98-122. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2019.164400