Zulliger aplicação R-Otimizada em crianças vítimas de violência sexual e com câncer
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-4327e3115Palavras-chave:
Avaliação psicológica, Abuso da criança, Técnicas projetivas, Distorção perceptiva, Câncer em criançasResumo
A violência sexual infantil pode gerar graves prejuízos para o desenvolvimento psicossocial de suas vítimas. As avaliações nesse contexto requerem o uso de vários testes psicológicos que possuem evidências de validade para este fim. Este estudo teve como objetivo avaliar crianças vítimas de violência sexual com o Zulliger aplicação R-Otimizada. A amostra consistiu em 37 crianças com idade entre 7 e 13 anos (M = 10,92), de ambos os sexos, distribuídas em três grupos: Vítimas de Violência Sexual (VVS), Pacientes com Câncer (PC) e Grupo de Não-Vítimas (GNV). Realizou-se tratamento estatístico por meio dos testes Mann-Whiney e Anova de uma via. Variáveis do Zulliger concernentes aos agrupamentos de Relacionamento Interpessoal (GHR, PHR, GHR:PHR, p), Autoimagem (MOR) e Processamento (W:M) apresentaram diferenças estatísticas quando o grupo VVS foi comparado aos outros grupos. O Zulliger aplicação R-Otimizada apresenta resultados promissores na avaliação de crianças VVS, indicando sua utilidade em avaliações desse contexto.
Downloads
Referências
Anthony, S. J., Robertson, T., Selkirk, E., Dix, D., Klaassen, R. J., Sung, L., … Klassen, A. F. (2019). The social impact of early psychological maturity in adolescents with cancer. Psychooncology, 28(3), 586-592. doi:10.1002/pon.4982
Balottin, L., Mannarini, S., Candeloro, D., Mita, A., Chiappedi, M., & Balottin, U. (2018). Rorschach evaluation of personality and emotional characteristics in adolescents with migraine versus epilepsy and controls. Frontiers in Neurology, 9, 160. doi:10.3389/fneur.2018.00160
Barnett, D., Heinze, H. J., & Arble, E. (2013). Risk, resilience, and the Rorschach: A longitudinal study of children who experienced sexual abuse. Journal of Personality Assessment, 95(6), 600-609. doi:10.1080/00223891.2013.823437
Biasi, F. C., & Villemor-Amaral, A. E. (2016). Evidências de validade do Zulliger-SC para avaliação do relacionamento interpessoal de crianças [Evidence of validity of Zulliger-SC to the assessment of children´s interpersonal relationship]. Psico, 47(1), 13-23. doi:10.15448/1980-8623.2016.1.19990
Briere, J., Runtz, M., Eadie, E., Bigras, N., & Godbout, N. (2017). Disengaged parenting: Structural equation modeling with child abuse, insecure attachment, and adult symptomatology. Child Abuse & Neglect, 67, 260-270. doi:10.1016/J.CHIABU.2017.02.036
Cardoso, L. M., Gomes, G. V. A., & Vieira, T. S. (2018). Validity evidence of the Zulliger-SC Test to children’s assessment. Psico-USF, 23(3), 451-460. doi:10.1590/1413-82712018230305
Casali-Robalinho, I. G., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2015). Habilidades sociais como preditoras de problemas de comportamento em escolares [Social skills as predictors of problem behavior in school children]. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31(3), 321-330. doi:10.1590/0102-37722015032110321330
Cicchetti, D. V. (1994). Guidelines, criteria, and rules of thumb for evaluating normed and standardized assessment instruments in psychology. Psychological Assessment, 6(4), 284-290. doi:10.1037/1040-3590.6.4.284
De Michèle, S., Kabuth, B., Plun, O., Le Moal, L., Laurent, F., Vandelet, E., … De Tychey, C. (2019). Rorschach Trauma Content Index (TCI) and child sexual abuse diagnostic. Annales Medico-Psychologiques, Revue Psychiatrique, 177(6), 512-516. doi:10.1016/j.amp.2018.03.002
Del Prette, Z. A. P. (2017). Inventário de habilidades sociais, problemas de comportamento e competência acadêmica para crianças [Inventory of social skills, behavioral problems and academic competence for children]. São Paulo, SP: Pearson Clinical Brasil.
Exner, J. E., Jr. (1999). Manual de classificação do Rorschach para o sistema compreensivo [The Rorschach: A comprehensive system] (A. C. P. Silva Neto, Trans.). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Exner, J. E., Jr., & Sendín, C. (1999). Rorschach: Manual de interpretação para o sistema comprensivo [Rorschach: Interpretation manual] (L. Y. Massuh, Trans.). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Eysenck, H. J., & Eysenck, S. B. G. (2013). Questionário de Personalidade para Crianças e Adolescentes (EPQ-J) [Manual of the Eysenck Personality Questionnaire - Junior] (C. G. Schlottfeldt, Trans.) São Paulo, SP: Vetor.
Gabatz, R. I. B., Schwartz, E., Milbrath, V. M., Zillmer, J. G. V., & Neves, E. T. (2017). Teoria do apego, interacionismo simbólico e teoria fundamentada nos dados: Articulando referenciais para a pesquisa [Attachment theory, symbolic interactionism and grounded theory: Articulationg reference frameworks for research]. Texto & Contexto - Enfermagem, 26(4), e1940017. doi:10.1590/0104-07072017001940017
Goggin, E. L., Lansky, S. B., & Hassanein, K. (1976). Psychological reactions of children with malignancies. Journal of the American Academy of Child Psychiatry, 15(2), 314-325. doi:10.1016/S0002-7138(09)61490-4
Habigzang, L. F., & Koller, S. H. (2011). Intervenção psicológica para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual: Manual de capacitação profissional [Psychological intervention for children and adolescents victims of sexual violence: Professional training manual]. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Lewey, J. H., Kivisalu, T. M., & Giromini, L. (2019). Coding with R-PAS: Does prior training with the exner comprehensive system impact interrater reliability compared to those examiners with only R-PAS-based training? Journal of Personality Assessment, 101(4), 393-401. doi:10.1080/00223891.2018.1476361
Meyer, G. J., Viglione, D. J., Mihura, J. L., Erard, R. E., & Erdberg, P. (2017). Rorschach sistema de avaliação por desempenho manual de aplicação, codificação e interpretação e manual técnico [Rorschach performance evaluation system, application, coding and interpretation and technical manual] (F. K. Miguel & D. R. Silva, Trans.). São Paulo, SP: Hogrefe.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. (2018). Análise epidemiológica da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, 2011 a 2017 [Epidemiological analysis of sexual violence against children and adolescents in Brazil, 2011 to 2017]. Boletim Epidemiológico, 49(27), 1-17. Retrieved from https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2019/07/2018-024.pdf
Perfect, M. M., Tharinger, D. J., Keith, T. Z., & Lyle-Lahroud, T. (2011). Relations between Minnesota Multiphasic Personality Inventory–A scales and Rorschach variables with the scope and severity of maltreatment among adolescents. Journal of Personality Assessment, 93(6), 582-591. doi:10.1080/00223891.2011.608754
Santos, M. J., Mascarenhas, M. D. M., Malta, D. C., Lima, C. M., & Silva, M. M. A. (2019). Prevalência de violência sexual e fatores associados entre estudantes do ensino fundamental - Brasil, 2015 [Prevalence of sexual violence and associated factors among primary school students - Brazil, 2015]. Ciência & Saúde Coletiva, 24(2), 535-544. doi:10.1590/1413-81232018242.13112017
Schaefer, L. S., Brunnet, A. E., Lobo, B. O. M., Carvalho, J. C. N., & Kristensen, C. H. (2018). Indicadores psicológicos e comportamentais na perícia do abuso sexual infantil [Psychological and behavioral indicators in the forensic assessment of child sexual abuse]. Temas em Psicologia, 26(3), 1467-1482. doi:10.9788/TP2018.3-12Pt
Scortegagna, S. A., Ribeiro, R. K. S. M., & Villemor-Amaral, A. E. (2016). New contributions of the Rorschach method on the effects of sexual abuse in childhood. Psychology, 7(2), 215-222. doi:10.4236/psych.2016.72024
Scortegagna, S. A., & Villemor-Amaral, A. E. (2012). The use of the Rorschach method in the investigation of sexual abuse of children. Paidéia (Ribeirão Preto), 22(52), 271-280. doi:10.1590/S0103-863X2012000200013
Scortegagna, S. A., & Villemor-Amaral, A. E. (2013). Traumatic loss and helplessness: Qualitative analysis of responses in the Rorschach. Psico-USF, 18(1), 1-12. doi:10.1590/S1413-82712013000100002
Seitl, M., Dočkalová, J., Dostál, D., Kolařík, M., Hasoňová, V., Palová, K., & Fryštacká, K. (2018). Standardizace počtu odpovědí v zulligerově testu: První krok při vývoji nového evidence - based systému [The standardization of the number of responses in Zulliger test: The first step towards developing a new evidence-based system]. E-Psychologie, 12(4), 1-15. doi:10.29364/epsy.328
Signorelli, S. C. (2015). Cancer and Rorschach from an existential perspective. Existential Analysis, 26(1), 70-85.
Simões, N. C., & Castro, P. F. (2018). Avaliação psicológica em escolares: Relação entre personalidade, autoconceito e habilidades sociais [Psychological assessment in students: Relationship between personality, self-concept and social skills]. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 11(1), 26-44. doi:10.36298/gerais2019110104
Sisto, F. F. (2004). Escala de Traços de Personalidade para crianças. São Paulo, SP: Vetor.
Villemor-Amaral, A. E., Pavan, P. M. P., Tavella, R. R., Cardoso, L. M., & Biasi, F. C. (2016). Validity evidence of the Z-test-SC for use with children. Paidéia (Ribeirão Preto), 26(64), 199-206. doi:10.1590/1982-43272664201607
Villemor-Amaral, A. E., & Primi, R. (2009). Z-SC: Teste de Zulliger no sistema compreensivo - Forma individual [Z-SC system: Zulliger test in the comprehensive - Individual form]. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Villemor-Amaral, A. E., & Vieira, P. G. (2016). Zulliger (CS) in assessing the relational maturity of children. Paidéia (Ribeirão Preto), 26(65), 369-376. doi:10.1590/1982-43272665201601
Wu, Q., Chi, P., Lin, X., & Du, H. (2018). Child maltreatment and adult depressive symptoms: Roles of self-compassion and gratitude. Child Abuse & Neglect, 80, 62-69. doi:10.1016/j.chiabu.2018.03.013
Yamamoto, K., Kanbara, K., Mutsuura, H., Ban, I., Mizuno, Y., Abe, T., … Fukunaga, M. (2010). Psychological characteristics of Japanese patients with chronic pain assessed by the Rorschach test. BioPsychoSocial Medicine, 4, 20. doi:10.1186/1751-0759-4-20
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Em relação à disponibilidade dos conteúdos, a Paidéia adota a Licença Creative Commons, CC-BY. Com essa licença é permitido copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato, bem como remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial, conferindo os devidos créditos autorais para à revista, fornecendo link para a licença e indicando se foram feitas alterações.
Reprodução parcial de outras publicações
Citações com mais de 500 palavras, reprodução de uma ou mais figuras, tabelas ou outras ilustrações devem ter permissão escrita do detentor dos direitos autorais do trabalho original para a reprodução especificada na revista Paidéia. A permissão deve ser endereçada ao autor do manuscrito submetido. Os direitos obtidos secundariamente não serão repassados em nenhuma circunstância.