A banalização da prescrição de psicofármacos em um ambulatório de saúde mental

Autores

  • Daniele de Andrade Ferrazza Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho
  • Cristina Amélia Luzio Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho
  • Luiz Carlos da Rocha Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho
  • Raphael Rodrigues Sanches Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000300010

Palavras-chave:

saúde mental, saúde pública, farmacoterapia

Resumo

A conjunção do desenvolvimento dos psicofármacos modernos com o amplo alcance que assumiu a ênfase preventiva em saúde mental na atualidade modificou as práticas da Psiquiatria, que deixou de ser um saber voltado exclusivamente ao tratamento da loucura para dedicar-se a medicar, através da prescrição de psicofármacos, qualquer manifestação de sofrimento psíquico. O presente trabalho problematiza esse processo atual de medicalização generalizada da população e apresenta dados de um estudo exploratório amostral que objetivou conhecer, através do exame de registros de prontuários, a trajetória dos usuários da porta de entrada do Pronto Atendimento até a prescrição de psicofármacos no âmbito de um Ambulatório de Saúde Mental de uma pequena cidade do oeste paulista. Nossos dados mostram que a maioria (65%) dos usuários já chega ao serviço sob prescrição prévia de psicofármacos e que, encaminhados à consulta psiquiátrica, praticamente todos (99%) recebem prescrição de psicofármacos.

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Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Ferrazza, D. de A., Luzio, C. A., Rocha, L. C. da, & Sanches, R. R. (2010). A banalização da prescrição de psicofármacos em um ambulatório de saúde mental . Paidéia (Ribeirão Preto), 20(47), 381-390. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000300010