Estação da Luz e terminal Barra Funda: integração com a rede do metrô
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v21i36p160-172Palavras-chave:
Ferrovias. Metrô. Integração modal. Estações ferroviárias. Estações metroviárias. Terminais intermodais.Resumo
Este artigo apresenta as transformações ocorridas nas estações ferroviárias da Luz e Barra Funda, em virtude da integração espacial com a rede de metrô, na cidade de São Paulo. Essas estações foram selecionadas por representarem os tipos predominantes: a estrutura conectada, que liga os edifícios existentes na Luz, e a estrutura compartilhada, concebida para atender ambos os sistemas, no mezanino do Terminal Barra Funda. Na Luz, as vias são separadas verticalmente, e a integração das estações existentes resolveu-se através de galeria de transferência,ligando os mezaninos enterrados do metrô aos dois saguões no subsolo das plataformas da ferrovia. Na Barra Funda, como as vias são contíguas no solo, a construção de um mezanino compartilhado atendeu a cada modo de transporte, com grandes vantagens ao processo de transferência. O edifício histórico da estação ferroviária da Luz foi resguardado, com a implantação dos saguões e sua ligação ao metrô no subsolo, mas isto impôs restrições dimensionais e demandou um alto custo de operação. Mesmo que a galeria subterrânea de integração mantenha a circulação em rota mais curta no mesmo nível, a largura do corredor não comporta a demanda atual de passageiros. Por outro lado, o mezanino compartilhado do Terminal Barra Funda permite menores distâncias para integração entre os sistemas, e não há conflito entre os fluxos de entrada, saída e transferência. As estruturas são compactas, e a passarela atende à demanda, mas a estação ferroviária parece diluída, em meio aos outros serviços do terminal.
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