A Ciscolonialidade e o Transfeminismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v11i1pe00113002Palavras-chave:
Ciscolonialidade, Cisheteronormtividade, Identidades plurais, TransfeminismoResumo
A cisheteronormatividade é o resultado do processo colonial euro-americano ao redor do globo. Esse processo impôs às sociedades, que anteriormente se organizavam de suas próprias formas, o modelo cisnormativo e binário eurocêntrico, o que acarretou hierarquizações e subjugações de gênero no mundo todo. Entretanto, na atualidade, em algumas culturas a denúncia sobre a não universalidade do modelo europeu está sendo feita e formas de organização anteriores à colonização estão sendo retomadas, com vistas a libertar as sociedades desse sistema de sexo/gênero tão oneroso a todos. Com isso, a partir de revisão bibliográfica discutiremos a tentativa de (re)construção de sociedades em que todos sejam livres para experimentarem e vivenciarem suas identidades, sexualidades e corpas de forma plural. Para tanto, téoricas têm demonstrado que o transfeminismo é ferramenta teórica e prática fundamental no combate ao ciscolonialismo.
Downloads
Referências
BUTLER, J. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
JESUS, J. G. Interlocuções teóricas do pensamento transfeminista. In JESUS, Jacqueline Gomes de (et al.). Transfeminismo: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Metanoia, 2015. 3-18 p.
MOMBAÇA, J. Pode um cu mestiço falar? 2015. Disponível em: https://medium.com/@jotamombaca/pode-um-cu-mesticofalar-e915ed9c61ee. Acesso em: 05 de jul. 2022.
OYEÙMÍ, O. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. In HOLLANDA, H..B. (Org.) Pensamento Feminista: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. 84-95 p.
OYEÙMÍ, O. A Invenção das Mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In HOLLANDA, H.B. (Org.) Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. 48-90 p.
VERGUEIRO, V. Pensando a cisgeneridade como crítica decolonial. In: MESSEDER, S., CASTRO, M. G. e MOUTINHO, L., (Orgs.) Enlaçando sexualidades: uma tessitura interdisciplinar no reino das sexualidades e das relações de gênero. Salvador: EDUFBA, 2016. 249-270 p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Primeiros Estudos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autorizo a Primeiros Estudos - Revista de Graduação em Ciências Sociais a publicar o trabalho (Artigo, Resenha ou Tradução) de minha autoria/responsabilidade, assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação on-line.
Concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade e me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado e atesto o ineditismo do texto enviado.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.