Acontecimento e ato: reflexões da psicanálise sobre as repercussões de Maio de 1968

Autores

  • Miriam Debieux Rosa Universidade de São Paulo-USP
  • Isaías Gonçalves Ferreira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e200130

Palavras-chave:

acontecimento, laço social, vergonha, política, psicanálise

Resumo

O artigo surge da inquietação de psicanalistas diante do sucesso ou fracasso dos movimentos sociais como resposta à atual crise institucional, política e social. Destacamos o dilema epistemológico e político presente na indagação que percorreu o movimento de Maio de 1968: as estruturas descem ou não para a rua? O caminho adotado é examinar os efeitos do movimento e cotejá-los com as concepções teóricas de Lacan. O saldo que obtemos desse balanço crítico foi considerar Maio de 1968 como um acontecimento que nos lembra de que é possível estruturar uma nova forma de política. Nomear a vergonha dos excessos nos laços sociais de nosso tempo pode conferir dignidade ao significante e produzir um ponto de basta pela dimensão da ética e da singularidade. Tal posição produz giro discursivo, incitado pela coragem de ter uma idéia e a possibilidade de reinvenção do laço social por sucessivas subversões e revoluções.

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Biografia do Autor

  • Miriam Debieux Rosa, Universidade de São Paulo-USP

    Universiade de São Paulo, Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil

  • Isaías Gonçalves Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC-SP

    Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Departamento de Psicologia Social. São Paulo, SP, Brasil

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Publicado

2021-11-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Acontecimento e ato: reflexões da psicanálise sobre as repercussões de Maio de 1968. (2021). Psicologia USP, 32, e200130. https://doi.org/10.1590/0103-6564e200130