Memoria, desmentida y trauma social desde la perspectiva del Psicoanálisis de las Configuraciones Vinculares
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e200214%20Palabras clave:
desmentida, memoria, trauma social, psicoanálisis, vínculosResumen
El discurso negacionista y la minimización de los efectos nocivos de la dictadura civil-militar por parte de altas figuras gubernamentales son ejemplos emblemáticos de la desmentida de las historias de sufrimiento social. Este estudio teórico aborda los procesos psicológicos de borrado de las memorias sociales traumáticas y sus efectos en la transmisión psíquica, desde la perspectiva del Psicoanálisis de las Configuraciones Vinculares, a la luz de Puget y Berenstein. Movilizando los conceptos de memoria social, desmentida, trauma y trauma social, argumentamos que la negación de los hechos traumáticos genera una doble violencia: por un lado, produce vacíos en la historia y un no-trabajo vinculante que favorece las transmisiones psíquicas transgeneracionales y, por otro lado, ataca la pertenencia social y la constitución narcisista de los sujetos. En vista de ello, concluimos con la necesidad de crear un dispositivo de escucha de los traumas sociales en la dirección opuesta a la negación, garantizando el derecho garantizado por la Declaración Universal de los Derechos Humanos del acceso de los pueblos a su propia historia.
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