O que uma criança faz pela outra em tempos pós-pandêmicos: resultados de uma pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e230055Palavras-chave:
psicanálise, educação especial, relações entre pares, tempos pós-pandêmicosResumo
Em 2022, 20 pesquisadores realizaram um estudo interventivo e qualitativo com 13 crianças de 2 a 6 anos com diagnóstico de TEA e em situação de inclusão escolar. Guiados por referências psicanalíticas, esses pesquisadores foram às escolas para investigar a eficácia do instrumento Acompanhamento Psicanalítico de Crianças em Escolas, Grupos e Instituições (APEGI) na detecção e no acompanhamento dos efeitos da Função do Semelhante sobre a mudança de posição subjetiva dos sujeitos da pesquisa. A metodologia foi o estudo de caso, com levantamento secundário de elementos quantitativos a partir do estudo de indicadores de acompanhamento do APEGI. Os resultados mostram que o acompanhamento foi efetivo e bem detectado pela APEGI e apontam para uma reintegração escolar parcial dessas crianças. Tendo operado em um momento pós-pandêmico, a intervenção sobre a função do semelhante foi especialmente importante para a inclusão de crianças com TEA, pouco assistidas em tempos tanto pandêmicos como pós-pandêmicos.
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