Donos, detentores e usuários da arte gráfica kusiwa
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2012.46956Palavras-chave:
Conhecimento tradicional, redes de saberes, gestão do conhecimento, regimes de autoridade.Resumo
Entre os efeitos do registro da arte gráfica dos Wajãpi do Amapápelo Iphan e seu reconhecimento como patrimônio imaterial pela Unesco,está o intenso processo de reflexão empreendido por jovens lideranças, emtorno das formas de imitação e replicação de conhecimentos. Esse artigotrata das conexões e traduções operadas por esses jovens, quando dialogamcom os mais velhos a respeito dos atuais contextos de apropriação e circulaçãode padrões gráficos, imagens e outros saberes valiosos. Se a categoria de“donos” de domínios específicos do universo está claramente posta, conectadacom a concepção de pessoa, e facilmente enunciada em modos tradicionais,sua translação para um novo regime, em que grupos étnicos ou políticosse afirmam ora como “donos”, ora como “detentores” de saberes emanifestações culturais, tornam mais complexos os regimes de autoridade egeram interessantes debates entre as gerações, bem como entre diferentesatores com os quais os Wajãpi se relacionam hoje.Downloads
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