A institucionalização do Espiritismo : uma abordagem à luz da Nova Economia Institucional
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.20.2024.189700Palavras-chave:
Espiritismo, Instituições, Nova Economia Institucional (NEI)Resumo
O artigo proposto tem como objetivo analisar a institucionalização do Espiritismo, destacando a influência do Iluminismo e como isso se manifesta nas doutrinas e práticas espíritas. A metodologia adotada é a Nova Economia Institucional (NEI), que considera as instituições como fundamentais para compreender as dinâmicas sociais, econômicas e políticas de uma sociedade. As instituições são definidas como restrições humanamente criadas que estruturam as interações políticas, econômicas e sociais. O estudo identifica que o Espiritismo é uma instituição que enfatiza a importância de construir instituições (físicas e doutrinárias) baseadas na fraternidade, solidariedade e justiça. Tanto a NEI quanto o Espiritismo reconhecem a importância da confiança nas relações humanas e a necessidade de comportamentos éticos e morais para o progresso social e econômico. O contexto histórico da Revolução Francesa e a Revolução Industrial são explorados para entender o surgimento do Espiritismo. Essas revoluções trouxeram mudanças no campo religioso, científico, artístico e político, impactando o surgimento do Espiritismo. Em conclusão, o estudo busca mostrar que o Espiritismo e a NEI compartilham conceitos como a importância das instituições, confiança nas relações humanas e comportamento ético. Ambas as abordagens enfatizam a necessidade de construir instituições sólidas e promover o bem-estar coletivo.
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