Ressignificação e democratização do patrimônio arquitetônico: o Solar Visconde do Araruama enquanto Museu Histórico de Campos dos Goytacazes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.20.2024.200341Palavras-chave:
Patrimônio, Educação Patrimonial, Memória Coletiva, MuseuResumo
A memória coletiva de diversas sociedades corre risco com a destruição do patrimônio edificado, isso porque essa perda colabora com o não aprendizado do passado e do esquecimento cultural, além do prejuízo para a reflexão sobre a sociedade em diferentes temporalidades. O objetivo deste estudo é o de contribuir com a discussão sobre a relevância da preservação do patrimônio edificado para distintos grupos sociais, como forma de reparar as injustiças históricas através da ressignificação dos usos, em especial no Museu Histórico de Campos dos Goytacazes. Para isso, a metodologia utilizada é a revisão bibliográfica acerca da preservação e democratização do patrimônio edificado por meio da educação patrimonial e análise temporal da educação patrimonial municipal, com foco no Museu Histórico local. Posteriormente, é diagnosticada a importância de um Programa de educação patrimonial participativo e contínuo para o Museu, sendo que o resultado esperado deste estudo é o da promoção de um diálogo por grupos de diferentes culturas. Conclui-se, portanto, que até mesmo as arquiteturas de contextos coloniais podem ser ressignificadas pela democratização da educação patrimonial.
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