Desmontagem e esquecimento: os metais remanescentes da estrada de ferro de Bragança - PA (1883-1965)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.v15i20p211446Palavras-chave:
Ferrovia, Itens metálicos, Patrimônio ferroviário, PreservaçãoResumo
As ferrovias no Brasil foram de suma importância para a economia agrícola expandida por diversos lugares do país em meados do século XIX e XX, entre esses, a região Amazônica. Neste contexto, esteve a Estrada de Ferro de Bragança (EFB), sendo a primeira via férrea implantada na Amazônia brasileira, construída em meados de 1883-1908. Após décadas de atividade, a via que ligava Belém (capital do PA) à Bragança (Nordeste do PA) foi desativada em 1965. O encerramento das atividades da EFB desencadeou uma série de transformações em seu acervo ferroviário, entres os quais estiveram peças metálicas utilizadas na composição da ferrovia de forma estrutural e bens integrados ornamentais. A desmontagem de tais itens metálicos toca a discussão de sua procedência: industrial, serial e móvel. Com isso, a presente pesquisa objetivou contribuir com a sistematização de informações que tangem a discussão do uso abundante de itens metálicos na composição da EFB; a destinação de tais peças após a desativação da via férrea; e ainda com reflexões teóricas sobre a arquitetura como documento. A metodologia foi desenvolvida por meio do uso de fontes históricas primárias (documentos oficiais e periódicos), com recorte temporal do período da montagem da ferrovia 1883-1908 e as consequências da desmontagem (décadas 1960-1990). A discussão teórica foi baseada em obras da Teoria do Restauro como A restauração objetiva de Antoni González Moreno-Navarro (1999) e Teoria contemporânea da restauração de Salvador Muñoz Viñas (2010).
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