Nelson Rodrigues e o drama como espírito de repetição do capitalismo no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i13p231-255Palavras-chave:
Teatro, Dramaturgia, Teoria Crítica, Teatro moderno , DialéticaResumo
Este artigo trata do processo particular de formação do teatro brasileiro por meio de duas encenações da peça Álbum de família, de Nelson Rodrigues: partiremos da encenação naturalista da estreia da peça, de 1967, para a concepção do eterno retorno, presente na montagem teatral de Antunes Filho, Nelson Rodrigues - O eterno retorno, de 1981. A encenação de Antunes teria configurado, por meio de procedimentos alegóricos, um aspecto já presente no tecido formal da dramaturgia de Nelson Rodrigues – o eterno retorno – mas até ali obscurecido pela tradição da comédia de costumes nacional, e que só emergiu a partir da realidade histórica brasileira do final dos anos de mil novecentos e setenta. Realidade esta, caracterizada pelo fim do milagre econômico e pelo desmanche da ideia, correlata, de encontro marcado do país com o progresso. Sem encontro com o progresso, só nos restaria a eterna repetição.
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