As adaptações na capacidade aeróbia não são transferidas para a capacidade de sprints repetitivos
DOI:
https://doi.org/10.11606/1807-550920200000100049Palavras-chave:
Treinamento, OBLA, Corredores, Velocidade médiaResumo
No presente estudo, objetivou-se testar se a melhora da capacidade aeróbia, observada após oito semanas de treinamento, é transferida para a capacidade de sprints repetitivos (CSR). Dez corredores (18 ± 1 ano; estatura de 170,1 ± 8,0 cm; massa corporal de 66,4 ± 6,6 kg) participaram do estudo. A capacidade aeróbia foi considerada como a intensidade correspondente à concentração de 4 mM de lactato (OBLA), determinada durante teste incremental, realizado em pista de atletismo. A capacidade de sprints repetitivos foi avaliada por meio de seis sprints de 35 m, separados por dez segundos de intervalo passivo. Todos os testes foram aplicados antes e após oito semanas de treinamento polarizado. Os efeitos do treinamento foram evidenciados por meio do teste t de Student para amostras dependentes, e as possíveis relações entre as alterações percentuais do OBLA e a CSR foram verificadas pelo teste de correlação de Pearson. Para todas as análises o nível de significância foi de p < 0,05. Após o treinamento, todos os participantes apresentaram aumento significativo da intensidade de OBLA (antes 15,4 ± 0,9 km·h-1; após 17,2 ± 1,6 km·h-1; p = 0,01). Na avaliação da CSR, constatou-se que a velocidade máxima, a velocidade média e o índice de fadiga não foram modificados com o treinamento (p > 0,61). Nenhuma correlação foi observada entre as alterações percentuais da intensidade de OBLA e as alterações das variáveis relacionadas à capacidade de sprints repetitivos (r < – 0,26; p > 0,47). Assim, esses resultados demonstram que a melhora da capacidade aeróbia não é transferida para a CSR, avaliada por meio de seis esforços, separados por dez segundos de intervalo passivo.
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