A prática esportiva e de exercício físico entre militares da Academia da Força Aérea: o que muda depois do curso de formação?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2024e38188624Palavras-chave:
Motivação, Autodeterminação, Treinamento Físico Militar, Comportamentos saudáveisResumo
Durante o Curso de Formação de Oficiais na Academia da Força Aérea (AFA), a educação física é ministrada por meio de uma disciplina curricular, obrigatória a todos os alunos, independente do ano e da especialidade. Alguns estudos têm analisado a incidência de sedentarismo e aumento de peso em militares, que podem comprometer a saúde e a operacionalidade do profissional. Porém, embora haja estudos que tratem da importância do bom condicionamento físico, ainda são raros aqueles que analisam a motivação desses profissionais para a prática regular de exercício físico ou esporte. Dessa forma, este estudo analisou a motivação dos militares à prática esportiva e de exercícios físicos. Participaram do estudo, cinco Oficiais, do posto de tenente, formados pela AFA. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturada e analisados pelo método da Análise Temática. Foram observados como aspectos favoráveis à motivação: a identificação com o grupo e modalidade esportiva, a preocupação com a saúde, bem estar e qualidade de vida, a autonomia e conhecimentos adquiridos na formação e a operacionalidade militar. Em contrapartida, os aspectos negativos foram: a educação física opcional, a prática de exercícios fora do quartel, a experiência negativa durante a formação e a falta de exemplo e estímulo dos superiores hierárquicos, o que pode trazer prejuízos à saúde, qualidade de vida e à operacionalidade.
Downloads
Referências
Kohl III HW, Craig L, Lambert E, et al. The pandemic of physical inactivity: global action for Public Health. Lancet. 2012;380:294-305.
World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: World Health Organization; 2010.
Brasil. Estatuto dos Militares. Lei nº 6.880, de 9 de Dezembro de 1980. Brasília: Presidência da República; 1980.
Avila JA, Lima FPDB, Pascoa MA, Tessutti LS. Efeito de 13 Semanas de Treinamento Físico Militar sobre a composição corporal e o desempenho físico dos alunos da escola Preparatória de Cadetes do Exército. Rev Bras Med Esporte. 2013;19:363-366.
Brasil. Ministério da Defesa. Departamento de Ensino da Aeronáutica. Instrução do Comando da Aeronáutica - Currículo Mínimo do Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea (ICA 37-736). Brasília: Ministério da Defesa; 2017.
Brasil. Ministério da Defesa. Departamento de Ensino da Aeronáutica. Instrução do Comando da Aeronáutica - Normas Reguladoras para os Cursos da Academia da Força Aérea (ICA-37-33). Brasília: Ministério da Defesa; 2009.
Muniz GR, Bastos FI. Prevalência de obesidade em limitares da força aérea brasileira e suas implicações na medicina aeroespacial. Rev Educ Tecn Apl Aeron. 2010;2:25-36.
Donadussi C, Oliveira AF, Fatel ECS, Dichi JB, Dishi I. Ingestão de lipídios na dieta e indicadores antropométricos de adiposidade em policiais militares. Rev Nutr. 2009;22:847-855.
Minayo MCS, Assis SG, Oliveira RVC. Impacto das atividades profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16:2199-2209.
Wenzel D, Souza JMP, Souza SB. Prevalência de hipertensão arterial em militares jovens e fatores associados. Rev Saúde Pública. 2009;43:789-795.
Neves EB. Prevalência de sobrepeso e obesidade em militares do exército brasileiro: associação com a hipertensão arterial. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13:1661-1668.
Deci E, Ryan R. The “What” and “Why” of goal pursuits: human needs and the self-determination of behaviour. Psychological Inquiry. 2000;11:227-68.
Deci E, Richard R. Intrinsic Motivation and self-determination in human behavior. New York: Springer Science and Business Media; 1985.
Deci E, Ryan R. Self-Determination theory: a macrotheory of human motivation, development, and health. Canadian Psychology. 2008;49:182-185.
Wilson PM, Mack DE; Grattan KP. Understanding motivation for exercise: a self-determination theory perspective. Canadian Psychology. 2008;49:250-256.
Triviños ANS. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas; 1992.
Sparkes AC, Smith B. Qualitative research methods in sport, exercise and health: from process to product. Abingdon: Routledge; 2014.
Braun V, Clarke V. Using Thematic analysis in psychology. qualitative research in psychology. 2006;30:77-101.
Ryan R, Deci E. Self-Determination theory and the facilitation of intrinsic motivation, social development, and well-being. American Psychologist. 2000;55:68-78.
Carbinatto MV, Tsukamoto MH, Lopes P, Nunomura M. Motivação e ginástica artística no contexto extracurricular. Conexões. 2010;8:124-145.
Lopes P, Nunomura M. Motivação para a Prática e Permanência na Ginástica Artística de Alto Nível. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2007;21:177-187.
Xavier R, Sanchez C, Paulucio D, et al. A multidimensional approach to assessing anthropometric and aerobic fitness profiles of elite Brazilian endurance athletes and military personnel. Military Medicine. 2019;184:11-12.
López FAL. Desentrenamiento: análisis y critérios actuales. EFDEPORTES. 2021;7.
Franklin BA. Programs Factors That influence exercise adherence: practical adherence skills for the clinical staff. In: Dishman RD, organizador. Exercise adherence it's impact on Public Health. Champaign: Human Kinetics; 1988.
Baun BW, Bernacki JE. Who Are corporate exercises and what motivates them?. In: Dishman RD, organizador. Exercise adherence it's impact on Public Health. Champaign: Human Kinetics; 1988.
Oldridge NB. Compliance with exercise in cardiac rehabilitation. In: Dishman RK, organizador. Exercise adherence - it's impact on Public Health. Champaign: Human Kinetics; 1988.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Todo o conteúdo da revista, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (CC-BY)