Perspectivas para um desenho do Campo Esportivo Paralímpico do Brasil: estruturando esse espaço social de prática esportiva a partir de propriedades específicas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2024e38194891Palavras-chave:
Desporto Paralímpico, Sociologia do Esporte, Campo, CapitalResumo
A Sociologia Reflexiva de Bourdieu permite compreender uma série de espaços sociais que fazem parte da sociedade contemporânea. Nesse sentido, surge a possibilidade de identificar o Esporte como um campo específico de prática e consumo esportivo. Fundamentado com as Categorias de Campo e Capital o estudo apresenta como objetivo identificar a presença do Campo Esportivo Paralímpico do Brasil colocando em destaque algumas propriedades que estruturam esse espaço. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter descritivo e analítico desenvolvido sob o prisma conceitual de uma abordagem de Teoria Fundamentada. Utilizando entrevistas semiestruturadas foi realizada uma pesquisa de campo a qual entrevistou sujeitos que participam e participaram ativamente do cenário do Desporto Paralímpico Brasileiro. A amostra do estudo contou com seis sujeitos (três atletas paralímpicos e três dirigentes esportivos). Como alicerce teórico para instituir a quantidade de sujeitos que iriam compor a amostra do estudo foi utilizado o critério de saturação. A perspectiva metodológica de análise dos dados adotada se caracteriza pela leitura dedutiva. O Campo Esportivo do Desporto Paralímpico brasileiro foi reconhecido conforme assimilação de propriedades estruturais presentes nessa esfera esportiva. Para tanto essa exposição delimitou possíveis agentes sociais específicos que permeiam esse espaço social de acordo com seu perfil prático, colocando em destaque determinados objetos que estruturam esse ambiente no instante em que são postos em disputa.
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