Posicionamento dos auditores sobre continuidade operacional em bancos em dificuldades financeiras
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-057x20221436.enPalavras-chave:
bancos, auditoria, continuidade operacional, dificuldades financeiras, relatório de auditoriaResumo
O objetivo deste artigo foi identificar fatores que determinam o posicionamento do auditor em relação à continuidade operacional de bancos em dificuldades financeiras. Esta pesquisa supre uma lacuna da literatura nacional sobre a posição dos auditores quanto à continuidade operacional na indústria bancária – relação sujeita ao conflito entre a premissa de informar o usuário sobre a continuidade operacional e o risco da profecia autorrealizável. Entender o contexto que explica a ação dos auditores em relação ao going concern na indústria bancária é importante para os agentes econômicos compreenderem se e como a auditoria contribui para um ambiente de confiança, credibilidade e segurança no mercado financeiro, considerando que o risco de continuidade deveria merecer posicionamento dos auditores a respeito, tendo em vista o seu papel de mitigar a assimetria informacional e os conflitos principal-agente. Os resultados da pesquisa contribuem para a atuação dos órgãos reguladores de mercado e da profissão, dos agentes econômicos interessados na divulgação financeira e dos próprios auditores para a compreensão e o aprimoramento dos trabalhos de auditoria em bancos. A metodologia usada foi a identificação dos casos de dificuldades financeiras na indústria bancária brasileira entre 1990 e 2018 e estimação de modelo logit para verificar os fatores determinantes do posicionamento sobre a continuidade operacional nesses casos. Os testes empíricos demonstraram que a propensão de o auditor se posicionar sobre a continuidade operacional de bancos em dificuldades financeiras está relacionada à importância do cliente, ao controle estatal, à aplicação da NBC TA 570 e aos indicadores de adequação do capital, qualidade dos ativos, rentabilidade e liquidez. Não foi confirmada relação com as firmas de auditoria Big N e a origem de capital nacional.
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