Preferências, fontes e condicionantes: uma nova abordagem de teste para as decisões de financiamento

Autores

  • Cesar Augusto Camargos Rocha Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Ciências Econômicas, Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração, Belo Horizonte, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8676-6231
  • Marcos Antônio de Camargos 1 Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Ciências Econômicas, Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração, Belo Horizonte, MG, Brasil / 2 Faculdade IBMEC de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3456-8249

DOI:

https://doi.org/10.1590/1808-057x20221624.en

Palavras-chave:

teoria de pecking order, financiamento empresarial, política de cash holdings, metodologia de teste, estrutura de capital

Resumo

O objetivo deste artigo é propor uma nova abordagem para teste empírico da teoria de pecking order que lide com problemas comumente reportados e aplicá-la à análise de empresas brasileiras. As principais lacunas preenchidas são a falta de definições claras para dívida segura e folga financeira; a falta de controle, nas regressões, pelas capacidades das fontes de recursos; e a não consideração das oportunidades futuras de investimento em análises de financiamento. Disponibilizam-se métodos que oferecem controles em relação às informações que as empresas possuem acerca das capacidades de cada fonte de recursos, quando das decisões de financiamento e que levam em consideração as oportunidades de investimento atuais e futuras. A metodologia proposta oferece um ambiente mais controlado para o teste da teoria de pecking order, que pode ser adaptado para estudar outros tópicos em finanças, apoiando avanços na compreensão da captação e uso de recursos por parte de empresas de capital aberto. São definidas quatro políticas integradas de financiamento e cash holdings, que levam a diferentes déficits (ou superávits) internos esperados. As relações entre esses déficits (ou superávits), em diferentes níveis, e os fluxos de recursos observados nas fontes externas são analisadas em regressões quantílicas cross-section e em painel, controlando pelas capacidades de cada fonte, em painéis de dados desbalanceados com 4.465 observações de 223 empresas. Por meio do estudo das relações entre os déficits (ou superávits) de financiamento interno esperados e os fluxos observados nas fontes externas de recursos, contribuímos com uma nova metodologia de testes de estrutura de capital e encontramos fortes evidências de que as empresas brasileiras de capital aberto seguem a teoria de pecking order.

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Publicado

2023-06-02

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Rocha, C. A. C., & Camargos, M. A. de. (2023). Preferências, fontes e condicionantes: uma nova abordagem de teste para as decisões de financiamento. Revista Contabilidade & Finanças, 34(91), e1624. https://doi.org/10.1590/1808-057x20221624.en