Seguros de pessoas e previdência complementar aberta no Brasil: Um estudo sobre os diferenciais de mortalidade por nível educacional

Autores

  • Ana Carolina Soares Bertho 1 Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil / 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0003-4822-1948
  • Natália da Silva Fernandes 1 Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil / 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1248-2257
  • Thais Cristina Oliveira da Fonseca 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil / 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Matemática, Departamento de Métodos Estatísticos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4943-3259
  • Bruno Alexandre Soares da Costa 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil / 4 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Matemática, Departamento de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0009-0004-1740-3380
  • Rodrigo Lima Peregrino 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil / 5 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil https://orcid.org/0009-0008-6834-6493

DOI:

https://doi.org/10.1590/1808-057x20241961.en

Palavras-chave:

tábuas de vida, mercado segurador, mortalidade, escolaridade

Resumo

O objetivo deste estudo é verificar se as desigualdades por nível educacional encontradas na população em geral também se confirmam entre aqueles que aderiram aos seguros de pessoas e/ou previdência privada aberta no Brasil entre 2012 e 2017. Este estudo é precursor na estimativa dos diferenciais de mortalidade por nível educacional em populações com seguros de pessoas e previdência privada aberta no Brasil. A pesquisa contribui com a compreensão dos fatores socioeconômicos relacionados às condições de vida e, consequentemente, à mortalidade. Os resultados mostram que, mesmo em uma população que registra taxas de mortalidade mais baixas e expectativas de vida mais elevadas em comparação à população brasileira em geral, o nível educacional tem um papel relevante como fator protetivo. Os dados de população e de óbitos foram fornecidos por 23 grupos seguradores. Por meio de um acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, o Laboratório de Matemática Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LabMA/UFRJ) forneceu a lista dos segurados a esse ministério, os dados foram cruzados com informações governamentais e devolvidos ao LabMA/UFRJ com a identificação de escolaridade, quando disponível, bem como a indicação dos falecidos, completando os registros das empresas. Em seguida, foram elaboradas tábuas de mortalidade da população segurada por nível educacional. Para obtenção de tábuas suavizadas, foi aplicada a lei de Heligman e Pollard com abordagem bayesiana, via simulação de Markov Chain Monte Carlo (MCMC). No período de 2012 a 2017, dentre os brasileiros que usufruíam dos seguros de pessoas e de previdência complementar aberta, os homens com alta escolaridade tinham, aos 60 anos, uma expectativa de vida de 5,6 e 6,6 anos maior em comparação àqueles menos escolarizados, nas coberturas de mortalidade e sobrevivência, respectivamente. No caso das mulheres, a comparação entre as mais escolarizadas e as menos escolarizadas mostra uma diferença de 2,7 anos na cobertura de mortalidade e 5,4 anos na cobertura de sobrevivência.

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Publicado

2025-01-15

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Bertho, A. C. S., Fernandes, N. da S., Fonseca, T. C. O. da, Costa, B. A. S. da, & Peregrino, R. L. (2025). Seguros de pessoas e previdência complementar aberta no Brasil: Um estudo sobre os diferenciais de mortalidade por nível educacional. Revista Contabilidade & Finanças, 35(96), e1961. https://doi.org/10.1590/1808-057x20241961.en