A relação entre risco idiossincrático e retorno no mercado acionário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1519-70772012000300009Palavras-chave:
Risco idiossincrático, Mercado acionário, Retorno, Modelo EGARCH, Modelo de Três FatoresResumo
A relação entre risco idiossincrático e retorno tem sido amplamente estudada em várias publicações internacionais, com resultados controversos. No contexto brasileiro, os estudos sobre este tema ainda são escassos. Este trabalho visa verificar a relação entre o risco idiossincrático e o retorno das ações no mercado acionário brasileiro. Para atingir este objetivo, foram utilizados dois métodos de estimação da volatilidade idiossincrática: primeiro, os resíduos de regressões baseadas no Modelo de Três Fatores de Fama e French, e segundo, o modelo EGARCH, que forneceu a volatilidade convencional. Essas variáveis foram adicionadas a modelos de regressão cross-section, juntamente com outras variáveis específicas às ações, tais como: beta, valor de mercado, índice book-to-market, efeito momentum e liquidez. Os resultados mostram que a volatilidade idiossincrática tem uma influência positiva e significante sobre o retorno das ações, e que o modelo mais apropriado é aquele que inclui todas as variáveis mencionadas. A análise das outras variáveis também produziu resultados importantes. Contrariamente às expectativas, o valor de mercado das ações e a liquidez tiveram uma influência importante sobre o retorno. Os coeficientes dessas variáveis foram positivos em todos os modelos analisados. Esse resultado pode ser reflexo de uma particularidade do mercado brasileiro, que é menor, mais recente e menos consolidado que o mercado dos EUA. Por outro lado, os resultados relativos ao índice book-to-market e ao efeito momentum foram consistentes com a literatura. Ações de valor e ações com bom desempenho anterior tendem a produzir retornos maiores.Downloads
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