A regionalização do saneamento básico no estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2319-0558.v12i1p253-269Palavras-chave:
Direitos Socioambientais, Saneamento Básico, Ordenamento Urbano, Infraestrutura Pública, Exclusão SocialResumo
A atividade administrativa de instalação e manutenção do sistema de saneamento básico, compreendido como conjunto dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, possui grandes impactos socioambientais, especialmente em relação à disponibilização destes serviços a setores socialmente excluídos da infraestrutura pública fundamental para o desenvolvimento sustentável, participação democrática no solo urbano e principalmente à integridade dos sistemas ecológicos, contrariando norma constitucional de promoção do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Dada a relevância do tema, o presente artigo busca analisar a implantação do saneamento básico no Estado de São Paulo, em especial no que tange sua evolução normativa, a implantação do instrumento de regionalização e os impactos sociais da atividade. A pesquisa se desenvolverá por método dedutivo analítico do ordenamento, bem como análise bibliográfico-doutrinária. O objetivo é avaliar a efetividade da implementação regional no Estado de São Paulo, bem como os riscos socioambientais e jurídicos do modo de efetivação da atividade.
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