Avaliação da ocorrência do fenômeno de ilha de calor na área urbana do município de Taubaté, SP
DOI:
https://doi.org/10.11606/eISSN.2236-2878.rdg.2022.185079Palavras-chave:
Uso do solo, Transectos móveis, UrbanizaçãoResumo
A população mundial está próxima de atingir 8 bilhões de habitantes, porém, somente no século XXI a população urbana superou a população rural. Com o aumento das áreas urbanas mundiais, muitas facilidades foram alcançadas, contudo muitas adversidades fazem parte do dia a dia dos citadinos, trânsito, violência, poluição. O presente trabalho investigou a ocorrência de ilhas de calor no município de Taubaté, que está localizado na região sudeste do estado de São Paulo, na região metropolitana do Vale do Paraíba. O estudo foi realizado com a adoção da metodologia de transectos móveis. Realizaram-se 18 transectos móveis, simultâneos, com orientação de sul para norte e de oeste para leste durante o mês de julho de 2019, nos dias 18, 19 e 20, em três horários distintos do dia, as 5 horas e 10 minutos, as 14 horas as 20 horas. Foram coletados dados de temperatura e umidade relativa do ar ao longo de 37 pontos de sul para norte e 42 pontos de oeste para leste na área de estudo. A análise dos dados considerou a variação da urbanização e uso do solo para determinar as diferenças de temperatura entre os pontos dos transectos. Os resultados demonstraram que as áreas mais urbanizadas são mais aquecidas que as áreas menos urbanizadas durante o período da tarde, noturno e da madrugada. As intensidades das ilhas de calor foram, durante as 20 horas, de intensidade moderada a forte, indicando aquecimento nas superfícies urbanas.
Downloads
Referências
AMORIM, M. C. C. T. Intensidade e forma da ilha de calor urbana em Presidente Prudente/SP: episódios de inverno. Revista Geosul, Florianópolis, v. 20, n. 39, p. 65–82, jan/jun. 2005.
AMORIM, M. C. C. T. Clima urbano: Concepções Teóricas, metodologias, aplicações e perspectivas. Revista Equador, Teresina, v. 04, n. 03, p. 69-86, agosto. 2015. Disponível em https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/viewFile/3643/2119. Acesso em 15 mar. 2022.
ARMANI, G.; GALVANI, E. Avaliação do desempenho de um abrigo meteorológico de baixo custo. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 14, p. 116-122, 2006.
BARROS, H. R.; LOMBARDO, M. A. A ilha de calor urbana e o uso e cobertura do solo no município de São Paulo-SP. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 20, n. 1, p. 160-177, 2016. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2016.97783. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/97783. Acesso em: 18 mar. 2022.
BORSATO, V. A.; MENDONÇA, F. A. A participação da massa tropical Atlântica no estado do tempo no Centro Sul do Brasil. Revista Geonorte, Manaus, v. 8, n. 3, p. 293-304, out. 2012. Disponível em: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/2358. Acesso em 20 abr. 2021.
CHANDLER, T. J. The climate of London. University of London. Hutchinson & CO, 1965.
DIHKAN, M. et al. Evaluation of urban heat island effect in Turkey. Arabian Journal of Geosdences, [s. l.], v. 11, ed. 186, p. 1-20, 2018. DOI /doi.org/10.1007/s12517-018-3533-3. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs12517-018-3533-3#citeas. Acesso em: 22 ago. 2019.
DORIGON, L. P. Clima urbano em Paranavaí/PR: análise do espaço intraurbano. 2015. xv, 125 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2015. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/190867>.
DUBREUIL, V. et al. Os tipos de climas anuais no Brasil: uma aplicação da classificação de Köppen de 1961 a 2015. Confins, no 37, setembro de 2018. DOI.org (Crossref), doi:10.4000/confins.15738. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/15738. Acessado em 10 dez. 2019.
FIALHO, E.S. Ilha de calor em cidade de pequeno porte: Caso de Viçosa, na Zona da Mata Mineira. Tese (Doutorado em Geografia Física). Programa de Pós-graduação em Geografia Física, USP. São Paulo, 2009.
GARCIA, F. F. et al. La Isla de Calor en Madrid Durante Los Periodos Cálidos: Evaluacion de Impactos Y Propuestas de Actuación. In: ANGULO, Julio VInuesa et al. Reflexiones a propósito de la revisión del Plan General de Madrid. 1. ed. Madrid: Universidad Autónoma de Madrid; Grupo TRyS, 2013. cap. II, p. 229-253. ISBN 84-695-8386-7; 978-84-695-8386-9
GARTLAND, l. Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas. São Paulo. Oficina de Textos, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades e Estados, 2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sorocaba.html. Acessado em: 10/04/2021.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Séries históricas. Disponível em:
http://bancodedados.cptec.inpe.br/. Acessado em 20 de janeiro de 2021
JATOBÁ, S. U. S. Urbanização, Meio Ambiente e Vulnerabilidade Social. Boletim Regional, Urbano e Ambiental, Brasília - Df, v. 5, p. 141-148, jan. 2011. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5567/1/BRU_n05_urbanizacao.pdf. Acesso em: 26 abr. 2021.
LANDESBERG. H.E; The climate of Towns: in Thomas, W.L. org (1956) Man´s Role in Changing the Face of the Earth. Vol2, pp 584- 606; traduzido por AZEVEDO, T. R. publicado na Revista do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo nº 18, 2006.
LOMBARDO, M.A. Ilhas de Calor nas Metrópoles: o exemplo de São Paulo. São Paulo: HUCITEC, 1985.
MIN, M.; ZHAO, H.; MIAO, C. Spatio-Temporal Evolution Analysis of the Urban Heat Island: A Case Study of Zhengzhou City, China. Sustainability, [s. l.], 2018. DOI 10.3390/su10061992. Disponível em: https://www.mdpi.com/2071-1050/10/6/1992. Acesso em 10 mar. 2019.
MONTEIRO, C. A. F. e MENDONÇA, F. Clima Urbano (Tese 1976). Editora Contexto. São Paulo, 2003.
OKE, T. Boundary Layer Climates. Abingdon. 2° Ed. Taylor & Francis Library, 2002.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). ONU News: Disponível em:https://news.un.org/
pt/story/2019/02/1660701. Acesso 12 jan. 2021
PAKARNSEREE, R.; CHUNKAO, K; BUALER, S. Physical characteristics of Bangkok and its urban heat island phenomenon. Building and Environment, vol. 143, pg 561-569, 2018. DOI 1010.1016.j.buil-
denv.2018.07.042. Acesso em 10 dez. 2019.
POPULATION REFERENCE BUREAL (PRB). Banco de dados. Disponível em www.prb.org> Acesso em 12 jan. 2021.
SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo. Editora HUCITEC Ltda, 1993.
SILVA, V. J. et al. Mobile Transect for indentification of intra-urban heat island in Uberlandia, Brazil. Revista Ambiente & Água, Taubaté, v. 13, n. 4, ed. 2187, p. 1-9, 2018. DOI 10.4136/ambi-agua.2187. Disponível em: www.ambi-agua.net. Acesso em: 11 set. 2019.
SUN, C. et al. Desert heat island study in winter by mobile transect and remote sensing techniques. Theoretical and Applied Climatology, Viena, v. 98, p. 323-335, 2009. DOI https://doi.org/10.1007/s00704-009-0120-2. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00704-009-0120-2#citeas. Acesso em: 14 set. 2019.
SUN, C. et al. Application of low-cost sensors for urban heat island assessment: A case study in Taiwan. Sustainability, Taiwan, v. 11, n. 2759, p. 1-12, 2019. DOI 10.3390/su11102759. Disponível em: https://www.mdpi.com/2071-1050/11/10/2759. Acesso em: 16 ago. 2019.
SUN, C. et al. A street thermal environment study in summer by the mobile transect technique. Theoretical and Applied Climatology, Taiwan, 2011. DOI 10.1007/s00704-011-0444-6. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00704-011-0444-6. Acesso em: 1 dez. 2019.
STAMM, C. et al. A população urbana e a difusão das cidades de porte médio no Brasil. Interações, Campo Grande - Ms, v. 4, n. 2, p. 251-265, dez. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/inter/v14n2/a11v14n2.pdf. Acesso em: 20 abr. 2021.
TAHA, H. et al. Air-Temperature Response to Neighborhood-Scale Variations in Albedo and Canopy Cover in the Real World: Fine-Resolution Meteorological Modeling and Mobile Temperature Observations in the Los Angeles Climate Archipelago. Climate, [s. l.], v. 6, n. 53, ed. 2, p. 1-25, 2018. DOI https://doi.org/10.3390/cli6020053. Disponível em: https://www.mdpi.com/2225-1154/6/2/53. Acesso em: 14 set. 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Guilherme Luis Barduco, Dr. Emerson Galvani

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. A licença adotada enquadra-se no padrão CC-BY-NC-SA.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).