Acesso e acessibilidade aos serviços de estimulação precoce no Distrito Federal, 2015 – 2017: análise de uma série de casos de crianças com síndrome congênita por Zika e STORCH
DOI:
https://doi.org/10.11606/eISSN.2236-2878.rdg.2022.191422Palavras-chave:
Zika Vírus, Síndrome Congênita, Estimulação PrecoceResumo
No Brasil em 2015, foi constatada uma disseminação do vírus Zika, acompanhado do aumento de relatos de casos de recém-nascidos com microcefalia e outros distúrbios neurológicos causadas pelo vírus, levantando o debate sobre as dificuldades de acesso aos cuidados de crianças acometidas por infecções intrauterinas, denominadas Síndrome Congênita da Zika e STORCH. As repercussões na saúde infantil se espalharam por todas as regiões brasileiras, sendo as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil as mais atingidas, desafiando-nos a compreender o acesso aos cuidados em saúde dessas crianças. O objetivo deste artigo é caracterizar o acesso e a mobilidade aos serviços de saúde e às atividades de estimulação precoce por crianças com Síndrome Congênita por Zika e STORCH, no Distrito Federal – Brasil. A metodologia consistiu no mapeamento dos casos de Síndrome Congênita por Zika e STORCH e das unidades de reabilitação e estimulação precoce, no período entre 2015 e 2017. Como resultado, verificou-se que as crianças com Síndrome Congênita, usuárias do serviço público de saúde, necessitam percorrer longas distâncias para ter acesso às unidades de reabilitação e estimulação precoce em unidades de saúde, enquanto para as unidades de educação, o deslocamento realizado é menor. No geral, nossos resultados evidenciam a dificuldade de execução de políticas de saúde para a estimulação precoce e o importante papel desempenhado pela educação nas atividades de educação precoce no Distrito Federal – Brasil.
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