A dinâmica política, econômica e social do rio São Francisco e do seu vale
DOI:
https://doi.org/10.7154/RDG.2005.0017.0006Palavras-chave:
Rio São Francisco, Navegação, Água, Terra, Desenvolvimento, Irrigação, Propriedade.Resumo
O rio São Francisco sempre foi um canal importante de ligação entre o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, feita através da navegação fluvial. Estrategicamente, esse rio e seus afluentes contribuíram para o controle e o povoamento do interior, onde, ao longo da história, constituíram-se os grandes latifúndios e os pequenos minifúndios, ambos responsáveis pelo atraso econômico e social do Vale. Sua economia, até a primeira metade do século XX, foi ancorada na pecuária extensiva e na agricultura de subsistência. A posse ou acesso à terra, para a maioria da população, continua sendo um grande desafio para a sociedade. Nos últimos 50 anos, a água do Velho Chico tornou-se a maior riqueza do Vale e a matéria-prima mais importante para o seu desenvolvimento, que, efetivamente, iniciou com a geração de energia em Paulo Afonso. A partir das décadas de 1980 e 1990, o processo de irrigação se intensificou, em particular, visando a produção de frutas nos Perímetros de Irrigação de Petrolina e Juazeiro, Oeste da Bahia, e com Projeto Jaíba e Pirapora, em Minas Gerais. Contudo, nos últimos anos, o Projeto de Transposição de água do São Francisco para outras bacias hidrográficas do semi-árido vem ganhando destaque.
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