Revirando ruínas: miséria e arcaísmo em Sérgio Ferro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8354.v14i14p97-123Palavras-chave:
Sérgio Ferro, Arquitetura Nova, Técnica, Ruína, Walter BenjaminResumo
Contra as temporalidades e espacialidades do progresso e da modernização, Sérgio Ferro e o grupo Arquitetura Nova realizaram uma crítica ao desenho, à técnica e ao canteiro de obras, propondo uma ruptura espaço-temporal por meio de um retorno – o miserabilismo, a economia, a manufatura, a memória do gesto – de modo a reverberar os sentidos benjaminianos de ruína. Apesar de sua inegável importância histórica, as balizas econômicas de seu discurso refreiam o potencial de desvio da racionalidade teleológica vigente.
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