Prevalência e perfil de uso de cigarros eletrônicos em estudantes de medicina de uma capital do sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i2e-219219Palavras-chave:
Cigarro eletrônico, Dependência de nicotina, Ansiedade, Estudantes de medicinaResumo
INTRODUÇÃO: Os cigarros eletrônicos têm ganhado destaque no cenário social brasileiro nos últimos anos, especialmente entre os universitários. Esta ascensão suscita indagações acerca da incidência e dos potenciais efeitos do seu consumo entre estudantes de medicina. OBJETIVO: investigar a prevalência e caracterizar o perfil socioeconômico de estudantes de medicina que utilizam os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), além de investigar o grau de dependência de cigarros eletrônicos, tempo de uso e os sintomas associados. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional transversal realizado com estudantes de medicina da cidade de Curitiba-PR, através da aplicação de um questionário autoaplicável via plataforma Google Forms. O questionário possuía perguntas sobre dados socioeconômicos, uso de cigarro eletrônico e frequência, aparecimento de sintomas, presença de ansiedade e escala de dependência de nicotina. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa da Universidade Positivo. RESULTADOS: Foram incluídos 562 participantes, em sua maioria mulheres, com média de idade de 22 anos. A prevalência de usuários de cigarros eletrônicos foi de 39,7%. Quanto ao perfil dos usuários, proporcionalmente, a maioria é de homens com renda superior a 10 salários-mínimos. Tosse e odinofagia foram os principais sintomas apresentados. 72,5% dos que utilizam DEFs se declararam ansiosos, além disso, 22,4% dos usuários apresentaram grau elevado ou muito elevado de dependência, o qual foi associado à presença de sintomas ao fumar (p=0,021) e a uma tendência a presença de ansiedade (p=0,056). CONCLUSÃO: Observamos uma elevada prevalência de uso de cigarros eletrônicos entre estudantes de medicina. Considerando taxa de dependência e a observada relação do uso de DEFs com a ansiedade, torna-se imperativo a implementação de campanhas de conscientização, além do aprimoramento das práticas regulatórias referentes à sua comercialização e uso.
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