O roteiro de sobras
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-4077.v4i7p107-111Palavras-chave:
Geraldo de Barros, Found footageResumo
O entusiasmo geral que acompanhou a exposição do l’Elysée e a recente publicação de um livro, Fotoformas, contribuíram sem dúvida para a retomada, pelo artista, de um trabalho em fotografia. Além disso, em perfeita adequação com suas limitações físicas, decorrentes das inúmeras isquemias cerebrais que o deixaram com uma parte do corpo inválida, Geraldo conseguia desenvolver um trabalho artístico que lhe fosse possível: dirigia uma assistente que, segundo suas instruções, decupava negativos de família. O artista buscava esse material numa gaveta ao alcance da mão a partir da poltrona na qual passava a maior parte do tempo. Foi assim que, à sua maneira, ele se apropriou dos conceitos de restos, como se, no crepúsculo da vida, pudesse reciclar tudo, incluindo as lembranças da felicidade familiar. Iniciada em segredo em 1996, a série Sobras nascia, assim, do seu desejo, sempre presente, de criar apesar dos imprevistos da vida.
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