Os Balés Russos como estímulo para o balé Uirapuru(1917) de Villa-Lobos e Volúsia
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v22i1.198452Palavras-chave:
Modernismo, Villa-Lobos, História do balé no Brasil, Coreomusicologia, Paradigma indiciárioResumo
Por meio de uma perspectiva coreomusical e do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg, esse artigo analisa algumas influências do movimento modernista e da companhia dos Balés Russos de Sergei Diaghilev no balé Uirapuru (1917), composto por Heitor Villa-Lobos e protagonizado pela bailarina Eros Volúsia. Argumenta-se que os Balés Russos tenham sido uma referência de modernismo comum a ambos os artistas, influenciando Villa-Lobos a compor música para balé e proporcionando a consolidação de uma prática de dança cênica no Brasil. Embora alguns autores defendam que Villa-Lobos teria, na verdade, composto Uirapuru entre as décadas de 1920 e 1930 e, posteriormente, adulterado a data de composição para 1917, os indícios do campo da dança apontam para a concepção de Uirapuru como balé no ano de 1917. A estreia em forma de balé, no entanto, teria sido apenas em 1943, quando já existiam artistas de dança legitimamente brasileiros para performá-lo, como a bailarina Eros Volúsia.
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