Helena Antipoff e a Fazenda do Rosário: a educação pelo trabalho de meninos "excepcionais" na década de 1940
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v19i3p144-152Palavras-chave:
Educação especial, Trabalho, Criança institucionalizada^i1^seduca, Institucionalização, Pessoas com Deficiência^i1^shistóResumo
Trata-se de uma pesquisa histórica, baseada em fontes documentais, cuja análise buscou fazer emergir a história da Fazenda do Rosário, instituição criada em 1940, pela psicóloga e educadora russa Helena Antipoff, para receber, em regime de internato, meninos "excepcionais" de Belo Horizonte. Observou-se as ações pedagógicas, o perfil e a trajetória dos internos, além das reações ao processo de institucionalização - entendido como um instrumento dos setores dominantes da sociedade para conservar a ordem vigente, no sentido de detectar o diferente e isolá-lo, numa estrutura de organização social que produz a contradição. Verificou-se, com relação às ações empreendidas por Helena Antipoff, se atenderam às necessidades das crianças e dos adolescentes institucionalizados ou se constituíram enquanto resposta ao meio social em que se instalou a instituição. Concluiu-se que a formação dos meninos tinha por objetivo prepará-los para o trabalho e o fio condutor das atividades foi o próprio trabalho, que substituía os estudos e as brincadeiras e os obrigava a se comportarem como adultos trabalhadores. Essa educação visava à produção da adaptação dos internos a uma realidade social pré-estabelecia, sendo, portanto, a educação 'apenas' um meio para, de fato, proteger e conservar o ordenamento social.Downloads
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Publicado
2008-12-01
Edição
Seção
Artigo Original
Como Citar
Rafante, H. C., & Lopes, R. E. (2008). Helena Antipoff e a Fazenda do Rosário: a educação pelo trabalho de meninos "excepcionais" na década de 1940 . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 19(3), 144-152. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v19i3p144-152