O brincar de faz de conta como ferramenta na expressão do imaginário de crianças em tratamento quimioterápico hospitalizadas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v30i2p140-147Palavras-chave:
Antineoplásicos, Hospitalização, Terapia Ocupacional, Oncologia, Jogos e brinquedos, Tratamento farmacológico, Criança, PediatriaResumo
Objetivo: Compreender os comportamentos e vivências de crianças submetidas ao tratamento quimioterápico por meio do brincar de faz de conta. Métodos: Estudo de casos múltiplos, abrangendo 5 crianças em uma enfermaria de oncopediatria, para tratamento quimioterápico, tendo como estratégia o brincar de faz de conta. As sessões foram filmadas, com posterior transcrição realizada por duas avaliadoras independentes, garantindo maior fidedignidade dos dados, e separando-os em categorias de análise.
Resultados: De acordo com as categorias definidas, pode-se identificar que durante o faz de conta as crianças apresentaram boa exploração e escolha adequada dos materiais; houve presença de distratores
durante a brincadeira; a imitação não foi um recurso utilizado pelas crianças em suas ações; apesar de trazerem temas domésticos em seu brincar, a hospitalização aparece como tema principal, demonstrando
grande riqueza de detalhes e conhecimento sobre os procedimentos clínicos vivenciados. Conclusão: Apesar das limitações impostas pelo processo quimioterápico, o engajamento das crianças nas brincadeiras
de faz de conta se mostrou efetivo e favoreceu a expressão dos sentimentos acerca do processo vivenciado.
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