Brancos, Pretos e o Outro que não existe: ensaio sobre a impossibilidade do diálogo em Branco – o cheiro do lírio e do formol
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v17i2p407-420Palavras-chave:
Branco – o cheiro do lírio e do formol, Teatro brasileiro contemporâneo, Racismo, BranquitudeResumo
Este ensaio coloca em tela questões relacionadas às dificuldades de interlocução dos sujeitos contemporâneos evidenciadas no espetáculo Branco – o cheiro do lírio e do formol. Considera que a impossibilidade do diálogo aparece em três esferas distintas: o núcleo familiar, o dramaturgo-diretor e a recepção do espetáculo. Dessa forma, destaca construções discursivas que não permitem o acesso a alguma verdade, tornando-se meros semblantes que falseiam a realidade. Outrossim, o racismo constitui-se coluna de sustentação da opressão patriarcal e da exploração capitalista.
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