IFIGÊNIA: DE PROSTITUTA À HEROÍNA
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2019.169148Palabras clave:
dramaturgia, feminismo negro, mulheres negras, teatro negroResumen
Este trabalho analisa a representação da mulher negra a partir das obras Sortilégio – Mistério Negro (1951) e Sortilégio II - Mistério Negro de Zumbi Redivivo (1976/77), dramaturgia escrita e reescrita por Abdias do Nascimento no bojo do Teatro Experimental do Negro. Nos debruçamos em especial às questões relativas às personagens femininas (Ifigênia, as Ialorixás e o coro de mulheres). Perpassamos questões do feminismo negro e suas interseccionalidades, a religiosidade transposta para o discurso teatral, a afetividade da mulher negra e o lugar de fala destas mulheres no teatro nacional com o intuito de pensar suas implicações no teatro moderno e contemporâneo e observar como a cena pode colaborar para lançar outro olhar sobre suas imagens, a partir das mudanças de uma obra a outra, como no percurso da personagem Ifigênia, mais contundente - ainda que dentro de um estereótipo controverso. A pesquisa desdobrou-se a partir de revisão bibliográfica, com a finalidade de apontar para certas modalidades de representação da mulher negra que se apresentam como estereótipos dominantes, a fim de repensar processos de desumanização vividos em especial por mulheres negras, e apontar caminhos emancipatórios que possam revelar suas subjetividades por meio da cena.
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