Diálogo aberto: pontos críticos da implementação no cuidado à crise psicótica
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902020190642Palavras-chave:
Intervenção em crises, Crises Psicóticas, Diálogo Aberto, Assistência em Saúde Mental, Saúde MentalResumo
O objetivo desta pesquisa foi analisar os pontos críticos para a implementação da abordagem do diálogo aberto na atenção à crise psicótica. Tratase de estudo qualitativo, utilizando os formulários preenchidos por profissionais de saúde mental que participaram de um seminário sobre a temática, realizado por Jaakko Seikkula em 2015, na Itália. Foram analisados 83 formulários com questões abertas autoaplicadas para detectar o perfil sociodemográfico dos participantes, convidando-os a indicar os pontos críticos da implementação do diálogo aberto. Os resultados foram organizados a partir dos sete princípios da abordagem e analisados segundo o conceito weberiano de tipo ideal de criticidade, sendo dispostos em dois tipos ideais: o organizacional e o cultural. Na percepção dos participantes a transferência dessa modalidade terapêutica para a Itália não parece livre de obstáculos. Os princípios de maior preocupação entre os profissionais enfermeiros e médicos foram: ajuda imediata, rede social, flexibilidade e mobilidade. Diante disso, reflete-se sobre os impasses perante a necessidade de mudar concepções, organizações, saberes e práticas de cuidado em saúde mental comunitária no contexto da desinstitucionalização.
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