Desigualdades raciais no estadiamento clínico avançado em mulheres com câncer de mama atendidas em um hospital de referência no Rio de Janeiro, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200813

Palavras-chave:

Raça e Saúde, Fatores Socioeconômicos, Câncer de Mama, Escore de Propensão

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre raça/cor da pele e estadiamento clínico em mulheres com câncer de mama em um hospital de referência para tratamento oncológico do Sistema Único de Saúde. Trata-se de estudo seccional com 863 mulheres de 18 anos de idade ou mais, com câncer de mama incidente e estadiamento clínico até IIIC, matriculadas em um hospital de referência no Rio de Janeiro e entrevistadas entre novembro de 2016 e outubro de 2018. Foram coletadas variáveis sociodemográficas, de hábitos de vida e clínicas. Utilizou-se o escore de propensão com a técnica de ponderação para balancear os grupos de comparação quanto aos potenciais confundidores. A associação entre raça/cor da pele e estadiamento clínico foi analisada por meio das equações de estimação generalizada após balanceamento. O nível de significância de 5% foi adotado em todas as análises. Observou-se que 35,9% das mulheres se declararam brancas; 21,3%, pretas; e 42,8%, pardas. Mulheres de cor da pele preta apresentaram 63% mais chance de ter estadiamento II e III quando comparadas com as brancas (OR=1,63; IC95% 1,01-2,65). Conclui-se que mulheres pretas são diagnosticadas com tumores mais avançados quando comparadas com mulheres brancas.

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Biografia do Autor

  • Graziele Marques Rodrigues, Fundação Oswaldo Cruz

    Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

  • Cleber Nascimento do Carmo, Fundação Oswaldo Cruz

    Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública.Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

  • Anke Bergmann, Instituto Nacional de Câncer

    Instituto Nacional de Câncer. Programa de Epidemiologia Clínica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

  • Inês Echenique Mattos, Fundação Oswaldo Cruz

    Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Publicado

2021-06-02

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Rodrigues, G. M., Carmo, C. N. do, Bergmann, A., & Mattos, I. E. (2021). Desigualdades raciais no estadiamento clínico avançado em mulheres com câncer de mama atendidas em um hospital de referência no Rio de Janeiro, Brasil. Saúde E Sociedade, 30(3). https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200813