Problematizando as alteridades para uma compreensão feminista e decolonial da Saúde Única em Periferias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902023220301pt

Palavras-chave:

Alteridades, Periferias, Saúde Única, Feminismos, Decolonialidade

Resumo

Neste trabalho, refletimos sobre o modo como diversas figuras de alteridade são alvo de marginalização e o que isso implica em termos de reconhecimento nas gramáticas políticas que estabelecem quem pode se tornar um sujeito da saúde. A partir de contribuições feministas e decoloniais, discutimos algumas premissas ontológicas acerca da relação entre humanos, não humanos e a natureza, para alargar o entendimento da Saúde Única em Periferias. Também incorporamos narrativas de adolescentes que moram na favela Jardim São Remo (São Paulo, SP) e atuam como Agentes Mirins da Saúde Única em Periferias. Em diálogo com eles, exploramos o processo de exclusão constitutiva das favelas, apoiado em retóricas que não reconhecem a pluralidade das configurações coletivas e reforçam a figura das favelas como ameaça à segurança pública. Em contraposição a esse projeto, trazemos os princípios de reflorestamento e da confluência de alteridades significativas para reforçar a justiça multiespécie promovida pela práxis da Saúde Única em Periferias.

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Publicado

2023-12-13

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Malfrán, Y. I. M., & Baquero, O. S. (2023). Problematizando as alteridades para uma compreensão feminista e decolonial da Saúde Única em Periferias. Saúde E Sociedade, 32(2), e220301pt. https://doi.org/10.1590/S0104-12902023220301pt