O consumo de drogas por homens homossexuais em uma casa noturna do Rio de Janeiro, RJ
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palavras-chave:
atividades de lazer, drogas ilícitas, homossexualidade masculina, política pública antidiscriminatória, pesquisa qualitativaResumo
À luz das práticas de lazer, objetivamos analisar os sentidos do consumo de drogas por homens homossexuais em uma casa noturna da cidade do Rio de Janeiro, RJ. Realizamos o processo de observação participante em 36 episódios de festas eletrônicas em uma boate, entre janeiro de 2018 e setembro de 2019. Detectamos que os usos de substâncias estabelecem um sentimento de pertencimento social entre os sujeitos, funcionando como rede de apoio coesa e cerimonial. Concluímos que, para os interlocutores, as drogas assumem diferentes sentidos para um “bem-viver” coletivo, em que a droga simboliza a união e o apoio socioemocional que conecta os homossexuais consumidores em um espaço plural às diversidades, a princípio sem julgamentos morais. O consumo das drogas em cada festa fortaleceu a coesão grupal, além de refletir sentimentos de fraternidade, companheirismo e irmandade, edificando e retroalimentando uma espécie de “grupo terapêutico” atrelado a essa vivência do lazer, uma prática acionada para “suportar e sobreviver” às demandas sociais, por vezes preconceituosas e discriminatórias.
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