Auto-organização e psicoterapia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000300012Palavras-chave:
Ciência cognitiva, Psicoterapia cognitiva, Auto-organizaçãoResumo
Neste artigo, resultado de uma pesquisa de tipo qualitativo, hermenêutico e documental, procuramos mostrar como as Ciências Cognitivas, desde a sua constituição, têm contribuído para a compreensão do ser humano. Fazemos referência às visões mais racionalistas da mente, que a entendem semelhante a um sistema computacional, até à visão menos (não) racionalista que lhe confere valor cognitivo, envolta em emoções e afetos, que numa visão mais construtivista - ou pós-racionalista - se diria que traduz significados, traduz uma vivência ou uma história narrativa (e) pessoal. Assim, apresentamos o modelo de terapia cognitiva pós-racionalista de Vittorio Guidano, refletindo sobre os fundamentos epistemológicos do Movimento da Auto-organização (MAO), nos quais ele se fundamenta. Descrevemos sumariamente os alicerces epistemológicos do MAO, os quais garantem a este modelo uma dimensão holista e explicativa do processo de construção da identidade humana, que pode ser descrita como processo de conhecimento, capaz de vivenciar e ao mesmo tempo perceber e avaliar a sua própria experiência (autoconsciência). O ser humano age na intersubjetividade, num mundo pluralista, com os seus congéneres, partilhando experiências e interpretando ações (complexificando-se através desses acoplamentos). Pretendemos, também, ilustrar que a matriz de funcionamento interno de cada ser humano, a qual lhe permite ordenar essa múltipla e facetada realidade, assim como formar/construir/ordenar significados pessoais, é o vínculo emotivo-afetivo.Downloads
Os dados de download ainda não estão disponíveis.
Downloads
Publicado
2012-09-01
Edição
Seção
Artigos de pesquisa original
Como Citar
Pena, L., & Oliveira, C. C. (2012). Auto-organização e psicoterapia. Saúde E Sociedade, 21(3), 668-674. https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000300012