O cinema de John Akomfrah e as latências de porvir da memória diaspórica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2017.125156Palavras-chave:
Diáspora africana, cinema diaspórico, John Akomfrah, Walter Benjamin, arquivo.Resumo
A partir da hipótese de que o cinema estaria apto a produzir uma escrita historiográfica própria, mediante seus recursos expressivos, este artigo investiga o lugar da diáspora africana na obra do realizador britânico John Akomfrah. À luz do cruzamento entre imagem e história formulado por Walter Benjamin, analiso os usos de imagens de arquivo que captam a experiência de membros das antigas colônias britânicas emigrados à Grã-Bretanha do pós-guerra no filme The Nine Muses (2010). Argumento que em Akomfrah os materiais de arquivo excedem a condição de registro circunscrito a dar testemunho do momento em que vieram a existir, revelando potências submersas na atualidade pós-colonial.
Downloads
Referências
AKOMFRAH, J. “Counter-media, migration, poetry”. Film Quarterly, Berkeley, v. 65, n. 2, p. 59-63, 2011. (Entrevista concedida a Nina Power).
______. “John Akomfrah: migration and memory”. 2012. Disponível em: https://goo.gl/yELC0D. Acesso em: 10 out. 2016.
______. “John Akomfrah/Vertigo Sea. 2015a. Disponível em: https://goo.gl/CxmUTO Acesso em: 20 out. 2016.
______. “Memory and the morphologies of difference”. In: SCOTTINI, M.; GALASSO, E. (Orgs.). Politics of memory. Berlin: Archive Books, 2015b.
BALDWIN, J. “Take me to the water”. In: ______. James Baldwin: collected essays. New York: Library of America, 1998.
BANNING, K. “The Nine Muses: Recalibrating migratory aesthetics”. Black Camera, Bloomington, v. 6, n. 2, p. 135-146, spring 2015.
BAZIN, A. “Letter from Siberia”. Film Comment, New York, jul. 2003.
BECKETT, S. O inominável. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.
______. Passagens. Belo Horizonte: UFMG, 2006.
BENJAMIN, W.; TARNOWSKI, K. “Eduard Fuchs: collector and historian”. New German Critique, Durham, n. 5, p. 27-58, spring 1975.
CADAVA, E. Words of light. Princeton: Princeton University Press, 1997.
DEAKIN, N. et al. Citizenship and British society. London: Panther Books, 1970.
DERRIDA, J. Mal de arquivo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
DU BOIS, W. E. B. As almas da gente negra. Rio de Janeiro: Lacerda, 1999.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
FRYER, P. Black people in the British Empire. London: Pluto Press, 1988.
GILROY, P. Postcolonial melancholia. New York: Columbia University Press, 2005.
LISSOVSKY, M. Pausas do destino. Rio de Janeiro: Mauad, 2014.
MARKS, L. The skin of the film. Durham: Duke University Press, 2000.
MERCER, K. Welcome to the jungle. London: Routledge, 1994.
NIETZSCHE, F. Assim falava Zaratustra. São Paulo: Saraiva, 2008.
RICHMOND, A. The colour problem. London: Penguin Books, 1961.
SÁNCHEZ-BIOSCA, V. “Exploración, experiencia y emoción de archivo”. Aniki, v. 2, n. 2, p. 220-223, 2015.
Referências audiovisuais
CARTAS da Sibéria. Chris Marker, França, 1957.
HANDSWORTH Songs. John Akomfrah, United Kingdom, 1986.
TESTAMENT. John Akomfrah, United Kingdom, 1988.
THE Nine Muses. John Akomfrah, United Kingdom, 2010.
VERTIGO Sea. John Akomfrah, United Kingdom, 2015.
WHO Needs a Heart? John Akomfrah, United Kingdom, 1991.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Rodrigo Sombra
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.