Câncer como Manifestação Ambiental
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.151648Palavras-chave:
Câncer, Glauber Rocha, Hélio Oticica, Apolicapopótese, cinema experimentalResumo
Este artigo visa analisar e discutir algumas sequências de Câncer (1968), de Glauber Rocha, aproximando-as com conceitos e proposições de Hélio Oiticica e Rogério Duarte do mesmo período de produção do filme em que também atuaram, notadamente com a Manifestação Ambiental Apocalipopótese. Observa-se nessa aproximação uma confluência de interesses na criação de tênues estruturas processuais lúdicas nas quais o acaso, a participação coletiva e a improvisação dos participantes têm papel preponderante.
Downloads
Referências
BASUALDO, C. Tropicália: uma revolução na cultura brasileira. São Paulo: CosacNaify, 2007.
BENTES, I. (org.). Glauber Rocha: cartas ao mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
BURCH, N. Práxis do cinema. São Paulo: Perspectiva, 2008.
CARVANA, H. “Entrevista”. Revista Luz & Ação, Rio de Janeiro, p. 16, out. 1981.
CARVANA, H. “Em breve, um inédito de Glauber”. Folha de São Paulo, 9 ago. 1982.
COELHO, F. Eu brasileiro confesso minha culpa e meu pecado: cultura marginal no Brasil das décadas de 1960 e 1970. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
COSTA, L. Cinema brasileiro (anos 60-70): dissimetria, oscilação e simulacro. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.
DELEUZE, G. Cinema II: a imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 1990.
DUARTE, R. Tropicaos. São Paulo: Azougue, 2003.
DUARTE, T. C. “Lágrima-Pantera, a míssil: cinema Subterrânia”. Ars, São Paulo, v. 15, p. 181-206, 2017.
DUARTE, T. C. “Mangue Bangue, filme-limite”, Ars, São Paulo, v. 17, n. 36, p. 145-173, 2019.
FAVARETTO, C. A invenção de Hélio Oiticica. São Paulo: Edusp, 1992.
FAVARETTO, C. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo: Ateliê Editorial, 1996.
FERREIRA, J. Cinema de invenção. São Paulo: Limiar, 2000.
FONSECA, J. F. “O artista-intelectual, o malandro, sua mulher, o amante e toda a quadrilha ou: o câncer da terra”. In: Catálogo forumdoc.bh.2002. Belo Horizonte: Filmes de quintal, 2002. p. 75-77.
GASPARI, E. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
JAMES, D. E. Allegories of cinema: american film in the sixties. Princeton: Princeton University Press, 1989.
LIMA, A. M. Marginália: arte & cultura na idade da pedrada. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1996.
LOBO, N. “Glauber Rocha está em outra”. Movimento, São Paulo, 5 jul. 1976.
MORAIS, F. Artes plásticas: a crise da hora atual. São Paulo: Paz e Terra, 1975.
OITICICA, H. Apocalipopótese no aterro: páginas datilografadas. Rio de Janeiro, 4 ago. 1968.
OITICICA, H. “Objeto: Instâncias do problema do objeto”. Revista GAM, Rio de Janeiro, n. 15, p. 26-27, fev. 1969.
OITICICA, H. Museu é o mundo. OITICICA, C. (org.). Rio de Janeiro: Beco Azougue, 2011.
OITICICA, H. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
OITICICA, H.; CLARK, L. Cartas: 1964-1974. FIGUEIREDO, L. (org.). Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.
PAULA, B. Zelito Viana: histórias e causos do cinema brasileiro. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
RAMOS, F. Cinema marginal (1968-1973): a representação em seu limite. São Paulo, Brasiliense, 1987.
ROCHA, G. Revolução do Cinema Novo. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
SILVA, M. A. “Jean Rouch e Glauber Rocha, de um transe a outro”. In: SILVA, M. A. Jean Rouch 2009: retrospectivas e colóquios no Brasil. Belo Horizonte: Balafon, 2010. p. 47-89.
SÜSSEKIND, F. “Coro, contrários, massa: a experiência tropicalista e o Brasil de fins dos anos 60”. In: BASUALDO, C. Tropicália: uma revolução na cultura brasileira. São Paulo: Cosac Naify, 2007. p. 31-56.
XAVIER, I. Alegorias do subdesenvolvimento: Cinema Novo, Tropicalismo e Cinema Marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
XAVIER, I. Transcrição de palestra sobre o filme Câncer ministrada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)/RJ, em 28 set. 1993.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Theo Costa Duarte
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.