A Fotografia e seus duplos
mulheres invisíveis e retratos impossíveis
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.155349Palavras-chave:
fotografia feminina, fotografia científica, cultura visualResumo
Desde fins do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, mulheres e fotografias são figuras-chave em uma cultura em que as fronteiras entre público e privado, visível e invisível, revelado e oculto estão sendo borradas ou rapidamente modificadas. Este ensaio procura desenvolver essa premissa, discutindo trajetórias de fotógrafas e explorando imagens, provenientes dos mais diferentes campos, que colocam em cena essa correlação.
Downloads
Referências
AQUINO, L. Picture ahead: a Kodak e a construção do turista-fotógrafo. São Paulo: Edição do autor, 2016.
ARENDT, H. Sobre la Revolución. Madrid: Revista de Occidente, 1967.
BARTHES, R. A câmara clara. Lisboa: Edições 70, 1989.
BENJAMIN, W. “Pequena história da fotografia”. In: Obras escolhidas I. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 91-107.
BIRO, M. “Hannah Höch’s New Woman: photomontage, distraction, and visual literacy in the Weimar Republic”. In: OTTO, E.; ROCCO, V. (ed.) The New Woman international: representation in photography and film from the 1870s through the 1960s. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2011.
BYERS, N.; WILLIAMS, G. Out of the shadows: contributions of twentieth-century women to physics. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
DEL PICCHIA, M. A conferência do dr. Menotti Del Picchia no Municipal em 15/02/1922 Literalmeida, [S. l.], 28 jan. 2008. Disponível em: https://bit.ly/2G6Vmfs. Acesso em: 27 dez. 2016.
DIDI-HUBERMAN, G. Invention of hysteria. Cambridge: MIT Press, 2003.
FISCHER, A. “‘The most disreputable Camera in the world’: spirit photography in the United Kingdom in the early twentieth century”. In: CHEROUX, C. et al. The perfect medium: photography and the occult. New Haven: Yale University Press, 2005. p. 72-79.
FOSTER, H. O retorno do real: a vanguarda no final do século XX. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
FOUCAULT, M. História da sexualidade II: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
GIBNEY, E. “Entangled photons make a picture from a paradox”. Nature (news), New York, 27 ago. 2014. Disponível em: https://go.nature.com/2sENWMm. Acesso em: 2 mar. 2019.
GROJNOWSKI, M. D. “Sortilèges photographiques, de Villiers à Strindberg”. Romantisme, Paris, n. 105, p. 71-83, 1999.
GUNNING, T. “Phantom images and modern manifestations”. In: PETRO, P. (ed.) Fugitive images: from photography to video. Indianapolis: Indiana University Press, 1995, p. 42-71.
HEDSTROM, P. et al. Strindberg, painter and photographer. New Haven: Yale University Press, 2001.
HERMAN, E. “This is the new woman” [1929]. GHDI, Berlin, 1 abr. 2002. Disponível em: http://ghdi.ghi-dc.org/sub_document.cfm?document_id=3887. Acesso em: 10 jul. 2019.
KRAUSS, R. The optical unconscious. Cambridge: MIT Press, 1996.
LEMOS, G. B. et al. “Quantum imaging with undetected photons”. Nature, n. 512, p. 409-412, 2014. Disponível em: https://www.nature.com/articles/nature13586. Acesso em 2 mar. 2019.
LISSOVSKY, M. “Quatro mais uma dimensões do arquivo”. In: MATTAR, E. (org.). Acesso à informação e política de arquivos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003. p. 47-63.
LISSOVSKY, M. A máquina de esperar: origem e estética da fotografia moderna. Rio de Janeiro: Mauad X, 2008.
LISSOVSKY, M. “A fotografia e seus duplos: tão breve quanto possível”. Ícone, Recife, v. 14, n. 1, 2012.
LISSOVSKY, M. Pausas do destino: teoria, arte e história da fotografia. Rio de Janeiro: Mauad X, 2014.
LISSOVSKY, M. “O sumiço da senzala: tropos da raça na fotografia brasileira”. Devires, Belo Horizonte, v. 1, n. 13, p. 34-65, 2016.
MEDEIROS, M. Fotografia e verdade: uma história de fantasmas. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.
MINAS, J. de. A datilógrafa loura: romance da mulher proletária em São Paulo. Rio de Janeiro: Calvino Filho, 1934.
MITCHELL, M. K. Recollections: ten women of photography. New York: Vicking Press, 1979.
MUNK, J. Não existe problema! Rio de Janeiro: Edição da autora, 2007.
POOLE, D. “A one-eyed gaze: gender in 19th century illustration of Peru”. Dialectical Anthropology, New York, v. 13, n. 4, p. 333-364, 1988.
RANDOLPH, M. “Mary had a Little Kodak”. St. Louis & Canadian Photographer, Saint Louis, v. 8, n. 2, p. 75, 1890.
ROBERTS, J. The art of interruption: realism, photography and the everyday. Manchester: Manchester University Press, 1998.
SANTOS, C. J. dos. “Os olhos, o espelho, o outro”. In: HUVEN, P. Devastação. Belo Horizonte: Edição do autor, 2016.
SOUZA, D. E. de; VIDAL, P. E. “Devastação: entre mal-estar e sintoma: o sofrimento relacionado ao feminino irrepresentável”. Revista Subjetividades, Fortaleza, v. 17, n. 3, p. 130-142, 2017.
STEIN, S. “The graphic ordering of desire: modernization of a middle-class women’s magazine, 1919-1939”. In: BOLTON, R. (org.). The contest of meaning: critical histories of photography. Cambridge: MIT Press, 1992. p. 145-161.
TAUSSIG, M. Mimesis and alterity: a particular history of the senses. New York: Routledge, 1993.
TUCKER, A. The woman’s eye. New York: Alfred A. Knoff, 1975.
VALERO JUAN, E. M. “Otra perspectiva urbana para la historia literaria del Perú: la ‘tapada’ como símbolo de la Lima colonial”. América sin nombre, Alicant, n. 15, p. 69-78, 2010.
VIEIRA, C. L.; VIDEIRA, A. A. P. “Carried by History: cesar lattes, nuclear emulsions, and the discovery of the pi-meson”. Physics in Perspective, New York, v. 16, p. 3-36, 2014.
WALUSINSKI, O. “Albert Londe (1858-1917), le photographe de Jean-Martin Charcot à La Salpêtrière”. Histoire des Sciences Médicales, Paris, v. 4, n. 1, p. 16-27, 2018.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Maurício Lissovsky
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.