Interiores: Wavelength (1967) e The living room (2000), de Michael Snow
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.184312Palavras-chave:
Cinema experimental, Michael Snow, Análise comparativaResumo
O artigo se debruça sobre o cinema de Michael Snow com foco no filme The living room (A sala de estar, 2000), realizado num período em que o cineasta utilizava tecnologias digitais de forma experimental e lúdica. A análise será guiada pelo método comparativo, cotejando o filme com trabalhos anteriores de Snow, sobretudo Wavelength (Comprimento de onda, 1967), marco do cinema estrutural, e com obras tanto de outros cineastas (Georges Méliès e Alfred Hitchcock) quanto de artistas visuais que trabalharam com mídias diferentes, como pintura e colagem. Verificaremos a hipótese de os filmes de Snow analisados representarem um regime escópico contemporâneo a que chamaremos, na esteira de Pascal Bonitzer, “perspectiva telescópica”, no intuito de demonstrar que a obra do cineasta extrapola o quadro de referências que lhe é usualmente atribuído e se reporta a uma crise da experiência perceptiva já colocada desde a modernidade visual do século XIX.
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